tag:blogger.com,1999:blog-19570977163657365382024-03-19T10:23:02.595+00:00Marta VelosoBlogue de beleza e actualidadeAna Martahttp://www.blogger.com/profile/06623958063113885160noreply@blogger.comBlogger1850125tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-52676461939054491492023-11-21T20:11:00.001+00:002023-11-21T20:11:16.198+00:00Alzheimer ( mais uma vez)<div align="right"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Lembro-me da minha mãe com 50 anos repetir-se muito. De lhe dizer que já tinha dito aquilo. Mas não valorizei. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Anos mais tarde é diagnosticada com demência. Alzheimer. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Hoje tem 64 anos , um marido com o coração desfeito porque a vai ter que internar num lar , porque ela precisa de cuidados permanentes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">E eu, confesso que sou grata pela felicidade que deu à minha mãe que durante mais de 30 anos o amou cegamente. Pelos cuidados que tem com ela nestes anos tão tristes . </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Quero muito que ele não morra no Alzheimer que não sendo dele também o consome. Que tenha ainda muitos anos de vida ,vividos com paz, com o carinho que eu , a minha irmã e o nosso irmão sentimos por ele. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Sei que se a minha mãe fizesse ideia do que se passa desejaria que ele fosse o mais feliz possível. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">É uma dor muito estranha. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Já a tinha sentido com o meu avô paterno que aos 80 anos foi diagnosticado com a mesma doença.<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHejOQSarbFgkExtQk3Wo3Y4H4XI9m5eX-rQ9tOOy13s2KHLUKp7mqb5O2VmmrXRKBu6avH724wXMFkmJiQYQuiyQ-y7ytZ7D3m0o9lLK0zvEC3iSvS8sXo6s1g62672GKwj1vKAvILJA_bOK3T7GInAtBwlCjOGLtXhJKm0epZc70fal4DiB6tIXeRTGD/s1312/Screenshot_20231121_193332.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Alzheimer" border="0" data-original-height="1260" data-original-width="1312" height="614" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjHejOQSarbFgkExtQk3Wo3Y4H4XI9m5eX-rQ9tOOy13s2KHLUKp7mqb5O2VmmrXRKBu6avH724wXMFkmJiQYQuiyQ-y7ytZ7D3m0o9lLK0zvEC3iSvS8sXo6s1g62672GKwj1vKAvILJA_bOK3T7GInAtBwlCjOGLtXhJKm0epZc70fal4DiB6tIXeRTGD/w640-h614/Screenshot_20231121_193332.jpg" title="Alzheimer precoce" width="640" /></a></div><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Mas jamais, em tempo algum ,pensei que fosse reviver o mesmo com a Margarida. Afinal, ela é... minha mãe. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">E dói-me saber que os meus irmãos sofrem. Dói -me saber que o marido sofre. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Dói -me, porque nunca nos sentaremos para resolver as nossas pendências. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">E sinto uma pena devastadora, uma mulher que era um autêntico furacão, tinha uma energia incrível e agora não reconhece ninguém, não sabe em que mês estamos ou se tem filhos ou não. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">O Alzheimer é das maiores Maldições de todos os tempos. Devastador. Implacável. Invencível. Rouba memórias, vidas. Quem somos nós sem as nossas memórias? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Nesta fotografia estão as minhas duas <i>mães</i>. A avó Mimi, que tem 94 anos, lúcida, autónoma, saudável e a mãe Margarida, com 64 anos , sem memórias. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Quando o meu avô foi diagnosticado, perguntaram-lhe quem eu era. Ele disse </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"> " Quem ela é eu não sei, só sei que é minha". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">A minha mãe já não sabe quem sou. Talvez no escuro da sua memória lá me tenha perdida, a mim e aos meus irmãos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Eu sinto-me roubada. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Como se me tivessem tirado a mãe na sua essência e me deixassem a " casca", o corpo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Não guardo mágoas nem ressentimentos. Sinto saudades . Porque passamos alguns bons momentos. Porque nos riamos muito às sextas feiras quando vinha a minha casa " caçar chocolates" que comia desalmadamente , especialmente quando estava com o período. Porque adorava ir comigo às compras, a Lisboa, adorava não ter que ser ela a conduzir na " confusão". Adorava o meu bacalhau com natas . Ela não era bem uma mãe. Era uma irmã mais velha, com quem pensei vir a viver muitas coisas boas quando tivesse mais tempo e se reformasse. Sinto uma tristeza , um vazio, um luto sem cadáver, um velório de um defunto que está vivo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;">Só queria que fosse feliz. Não isto. Nunca isto. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-38682758501263288842023-10-23T06:25:00.005+01:002023-10-23T06:32:59.694+01:00Bariátrica<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A primeira vez que me questionei sobre o meu peso devia ter uns 15 anos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já com 1.75 vestia um 36, enquanto as amigas mais próximas envergavam tímidos 34. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Era a altura em que trocavamos de roupa, de casacos a tops, camisolas e vestidos. Mas as calças, essas , nunca me serviam.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Aos 15 anos, e depois de perder o meu pai , após ter vivido no limiar da sua perda durante 7 ou 8 anos, lidar com pessoas que se afastavam porque, imagine-se, uma doença terminal , pelo menos naquela altura em vez de apoio ou empatia gerava asco, já que o doente ia perdendo capacidades, cabelo, a pele estava em absoluto declínio ( o meu pai faleceu com Lúpus numa versão bastante severa), o que eu mais queria era " encaixar-me", sentir que fazia parte de algo, ser igual a toda a gente, deixar de ser apontada e excluída.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Então, apesar de caber nos números de roupa convencionais, sentia -me gorda.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não era. Tinha uns 62kgs. E sentia uma vergonha desgraçada porque à minha volta ninguém pesava mais de 50, ignorando que tinha em média mais 20 cm que as outras.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Com os anos, e aproximando-me da idade adulta fui ganhando noção e alguma paz, no que ao meu peso dizia respeito. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Vieram depois dois filhos, e cada gravidez trouxe-me uns KGS extra valentes que a custo fui conseguindo eliminar .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">As depressões assolaram-me a partir dos vinte e poucos e com elas a instabilidade proporcionou aumentos e baixas de peso constantes. Medicação que me deixava prostrada, inerte, sedentária e, por sua vez fazia com que as minhas oscilações de peso fossem cada vez mais desestabilizadoras.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Chego aos 45 anos, após acontecimentos devastadores com um peso que jamais pensei vir a ter. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Habituada já, a ver nas minhas fichas médicas " obesa". E aquele " obesa", incomodava-me mais que qualquer " gorda" dito numa rede social ou sussurrado enquanto passava. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já com diagnóstico de hipotireoidismo auto-imune e perturbação afetivo-bipolar, a tomar mais medicação nada inocente no que concerne ao peso, vejo-me numa consulta de cirurgia metabólica no Hospital Pulido Valente, depois de vários exames e análises que atestavam que a bariátrica seria provavelmente a minha oportunidade de vir a ter uma vida normal, com qualidade de vida, já que tinha o fígado alterado, a tensão altíssima e um número já elevado de órgãos afetados pelo excesso de gordura no organismo</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A minha primeira consulta foi em Agosto de 2022, fui operada em 25 de Setembro de 2023.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não sou de " dourar a pílula", e embora saiba que exista quem não tenha tido uma dor, confesso que quando saí da cirurgia sentia tantas que me lembro de espumar, literalmente e durante talvez segundos perder a noção de onde estava. Assim que consegui articular palavras para me queixar das dores que sentia , fui medicada e ainda que me doesse até a respirar, as dores foram passando, aos poucos</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não são todos que sentem dor, e, existem hospitais que dão medicação mais forte o que previne o doente de sentir essa dor. Creio que ali, optaram por paracetamol até para vigiar uma possível dor exacerbada que poderia ser sinal que alguma coisa não tinha corrido bem. Pareceu-me que se regiam em que mascarar a dor poderia ser pior que a sentir durante algumas horas e agora, mais distante dos factos , tenho a certeza que fizeram o mais acertado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Arrependi -me umas 500 vezes nas primeiras horas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Pouco depois da cirurgia já andava em suaves caminhadas, agarrada ao suporte do soro, sempre acompanhada por uma enfermeira ou auxiliar , para me livrar do desconforto que os gases injetados durante a cirurgia fossem abandonando o meu corpo e com eles as dores incómodas , desta vez não nas incisões, mas um inchaço generalizado fruto da cirurgia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hora após hora, havia uma diminuição lenta do mau estar e da dor. A sede incomodou-me. Mas, após uma cirurgia em que é cortado cerca de 80 a 85% do estômago e este se encontra em cicatrização, nada de água nem qualquer tipo de alimento.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Aquela noite durou um ano.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">As enfermeiras foram incríveis, sempre a ver se estávamos bem, se tínhamos dores, a medicar, a ajudar a levantar . Senti-me segura, apoiada e , acreditem que naquela altura é tudo o que precisamos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No dia a seguir , esperava-nos um copo de chá gelado, sem sabor. Um copo daqueles de plástico, pequenino. Chá esse que bebi numas duas horas, tamanho o medo da reação do meu tubo digestivo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Foi-nos dada alta com indicações de ingerir nas próximas 3 semanas apenas líquidos, , sopa bastante líquida, leite, iogurte líquido magro sem açúcar, fruta cozida batida( Deus me livre e guarde, só o cheiro agonia), multivitaminico e proteína para juntar aos alimentos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A cirurgia é ao estômago. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E o problema é que a raiz do mal está na nossa cabeça. São muitos anos de maus hábitos, muitos anos em que o organismo está habituado a pão, prato cheio, e a esta distância daquele tipo de alimentação já tenho dificuldade em lembrar tudo o que ingeria e que não era assim tão necessário para o meu corpo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O verdadeiro processo vem depois da cirurgia. E isso não significa que nunca mais comeremos bacalhau com natas, sushi ou fast food. Significa que serão excepção e não regra. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Passado um mês , cada vez que vou ingerir algo penso nos nutrientes que tem. Não numa análise exaustiva mas, opto pelo que possa ser mais benéfico para o meu corpo</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Açúcares refinados, glúten, lactose, inflamavam-me de tal forma que cerca de uma semana depois da cirurgia, o meu rosto estava diferente devido a essa abstinência. A pele melhorou muito, até na firmeza.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sei que tenho ainda um longo caminho para percorrer, caminho esse que provavelmente será para toda a vida, mas tudo farei por mais anos de saúde que estava a perder.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É interessante ver as roupas em pouco tempo ficarem enormes, e outras que sequer serviam entrarem no nosso corpo e pouco depois termos de por de parte porque já está grande demais, mas , e ao contrário do que pensei inicialmente, tudo se vai focando nas melhoras da saúde. Na diminuição do cansaço, no aumento da energia. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Vou dando notícias, afinal, a obesidade e a sua luta estão na ordem do dia e eu sinto-me uma privilegiada pela segunda oportunidade que a vida me está a dar .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3BNEhR5mLc64oBLlHCXYvp2902jEEYaZQZguwt-DLEHa_NhAPqddw55QkEsySwYrKypd7601nTfGpceD0vLI4hfH57dV7SvlKXb-n0BaL7rQP2KaBrb0FafmuKumm2GkDV0PM_-AbdP8dIsPaSc3g5Pti9DjUGZVqro06wAU_P-Zz2QavavpT1pailP-0/s4096/IMG_20231022_165413.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Sleeve Gástrico" border="0" data-original-height="4096" data-original-width="3072" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3BNEhR5mLc64oBLlHCXYvp2902jEEYaZQZguwt-DLEHa_NhAPqddw55QkEsySwYrKypd7601nTfGpceD0vLI4hfH57dV7SvlKXb-n0BaL7rQP2KaBrb0FafmuKumm2GkDV0PM_-AbdP8dIsPaSc3g5Pti9DjUGZVqro06wAU_P-Zz2QavavpT1pailP-0/w480-h640/IMG_20231022_165413.jpg" title="Bariátrica" width="480" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-8565439189672132292023-10-07T10:14:00.005+01:002023-10-07T10:17:13.083+01:00A Primeira Miss Portugal Trans<div style="text-align: right;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXrhw8O7vZ7AQpChNV2IqD-JOHr-6sdCttjGR7VsvxXJPDOBeJ_r_4jhtnXIlhCB9Sh4Xt5DfsTGMbV26ewFotX9CfMs5hvimwlIuQY9G4fY4IicMz75xn-rUuGzPrK3dJe-3nrs0eeA1jZInFSun5zef0J9KnGU5QUukd8-Zlc6Ol88WKytMnWyzbtpOe/s1332/Screenshot_20231007_095103.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Marina Machete" border="0" data-original-height="1332" data-original-width="1312" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXrhw8O7vZ7AQpChNV2IqD-JOHr-6sdCttjGR7VsvxXJPDOBeJ_r_4jhtnXIlhCB9Sh4Xt5DfsTGMbV26ewFotX9CfMs5hvimwlIuQY9G4fY4IicMz75xn-rUuGzPrK3dJe-3nrs0eeA1jZInFSun5zef0J9KnGU5QUukd8-Zlc6Ol88WKytMnWyzbtpOe/w630-h640/Screenshot_20231007_095103.jpg" title="Miss Portugal 2023" width="630" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Marina Machete tem o título de Miss Portugal 2023. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Até agora , nas caixas de comentários nas redes sociais existe uma porcentagem enorme de mulheres portuguesas que afiançam esse facto como uma tentativa de roubar o espaço das mulheres " a sério".</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;"> Mas o que são mulheres a sério? </span></span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eu nasci com vagina, sempre me identifiquei com o sexo que consta nos meus documentos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mas podemos pensar que existe quem tenha nascido com o sexo oposto àquele com o qual o seu cérebro grita e se identifica. </span><span style="font-family: arial;">Não aprecio a quantidade de letras que se junta a LGBT porque , e perdoem-me, sou talvez antiga e já perdi a capacidade de atualizar o meu " software " para conseguir estar a par de tudo e " todes". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Estranho muito mais os pronomes que o facto de alguém que decidiu lutar pela sua identidade de género tenha conseguido alcançar aquilo a que se propôs. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sei que existe uma " fracção estranha" extremista, eu sei lá, que parece querer aniquilar quem nasceu biologicamente falando, mulher. E não. Não acho bonito. Acho estúpido que se refiram a nós como " portadoras de útero" . Aí já chamo mais inveja que outra coisa. Não tem que haver guerra entre as diferenças. Podemos simplesmente aceitar os outros ? Ser tolerantes como esperam que sejamos? Amar sem ver se nasceu com pila ou não? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sou hetero, mas não gosto ou deixo de gostar seja de quem foi mediante o sexo que nasceu. Não amo genitais, amo pessoas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Num Mundo com cada vez mais fome, crise habitacional, doenças graves , aquecimento global, racismo, desastres naturais, guerras estúpidas, crimes como femicidio, violência doméstica que todos os anos mata tantas mulheres, pedofilia, crise na Saúde sem precedentes, a sério que o que vos tira o sono é que a Marina tenha ganho o concurso de Miss Portugal quando é, na minha opinião a mais bonita do concurso? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Desejo-lhe toda a felicidade do Mundo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Que a felicidade dos outros nunca nos ofenda. Porque pelo menos neste caso, não tem mesmo que ofender.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Força Marina. </span></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-2070471408751712782023-06-14T20:02:00.003+01:002023-06-14T20:02:31.891+01:00Nova tatuagem<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Após mais de uma década com uma tatuagem que realmente me incomodava , decidi ir cobri-la com outra tatuagem e o resultado não podia ter sido mais satisfatório. Tem que ficar aqui registado. Que fique também registado que quero mais! </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV9CUTr-4YxXxkhsdHiHO76hBFjWh9InIq3CmeHbCk1LbmGz-knn7O_evU_dInkJau9HYVmbMgDwrMVSa6eS3MEW3D_lA1qqdScwqOR0Y1WEOINerYtx9V7VYtuiBjR4_0gDyfvHfouOYaeDA3XYS2cbk5eAcv1O5PshYy7RQRqhme5icqatT7vs_MYg/s756/IMG_20230614_132851_567.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Tatuagem antiga" border="0" data-original-height="756" data-original-width="756" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhV9CUTr-4YxXxkhsdHiHO76hBFjWh9InIq3CmeHbCk1LbmGz-knn7O_evU_dInkJau9HYVmbMgDwrMVSa6eS3MEW3D_lA1qqdScwqOR0Y1WEOINerYtx9V7VYtuiBjR4_0gDyfvHfouOYaeDA3XYS2cbk5eAcv1O5PshYy7RQRqhme5icqatT7vs_MYg/w640-h640/IMG_20230614_132851_567.jpg" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnjaxanaKUm2gSuRLsBdb9QIi7t0oYJC38vTYoHesriTELdXWwPssppsxoAbkFjMi-FELhjWQtr6hZd7zFHcJfH8bvCxPw1aOsWxvScGTj3Ua6L4lerOVHfmyu3ic2ot6usRRZbsnLsFng0OmgUUp8ELcglYZid3BwgyCjDRVcg0r3XAoXsUsCr43TNg/s1080/IMG_20230614_132851_617.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Tatuagem flores" border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnjaxanaKUm2gSuRLsBdb9QIi7t0oYJC38vTYoHesriTELdXWwPssppsxoAbkFjMi-FELhjWQtr6hZd7zFHcJfH8bvCxPw1aOsWxvScGTj3Ua6L4lerOVHfmyu3ic2ot6usRRZbsnLsFng0OmgUUp8ELcglYZid3BwgyCjDRVcg0r3XAoXsUsCr43TNg/w640-h640/IMG_20230614_132851_617.jpg" title="Tatuagem nova" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-42207865139528574862023-02-24T02:55:00.002+00:002023-02-24T02:55:46.705+00:00Séries e filmes turcos<div style="text-align: justify;">Por mais séries e documentários americanos que veja, não há absolutamente nada que bata a intensidade das series turcas. Os atores são muito convincentes, há uma mistura de culturas da Ocidental para a árabe , tendo em conta que mais de 90% dos turcos sao muçulmanos. Aprendemos muito sobre costumes dos mais obsoletos, aos intemporais, das famílias mais tradicionais às mais nodernas. </div><div style="text-align: justify;">Existe apenas algo que é comum . O pudor , mais depressa apanham um padre numa série turca que um beijo na boca entre atores . Às vezes faz falta, para compor a coisa mas , não é o mais importante. </div><div style="text-align: justify;">Podes assistir no <i>Youtube</i>, bastando que coloques o nome da série em turco e escrevas " legendado" , a menos que sejas fluente em turco. </div><div style="text-align: justify;">Vou então dar-vos o nome de algumas séries que não devem perder. Aviso que a Netflix tem tem o " Kara Para Ask" , um romance policial e o "Interception ".</div><div style="text-align: justify;"><i><b><br /></b></i></div><div style="text-align: justify;"><i><b>Kirmizi Oda</b></i> - O Quarto Vermelho- uma série passada no quarto vermelho do gabinete da psiquiatra, que pacientemente ouve os mais diferentes casos e perturbações e procura com o paciente entender o que provoca cada um e como curar. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Camdeki Kiz</b> - A rapariga na Janela - Nalan, uma jovem bonita, rica, oprimida e maltratada pela mãe casa-se com um herdeiro burro, rico e mulherengo. E é sempre a piorar...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Benim Adim Fahrah</b> - O segredo de Fahrah. Fahrah , de uma família pobre que vive na cave de um prédio, onde os pais são porteiros consegue entrar na universidade e, sentindo-se constantemente humilhada, decide passar-se por rica. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>O kiz</b>. Rapariga - Zeinepp é filha de um homem de 50 anos com um atraso cognitivo provocado na altura do seu nascimento, então, comporta-se como se tivesse quatro anos, mas é um homem incrivelmente bom, puro e ingênuo. Zeinepp entra no Mundo dos <i>influencers</i> onde é muito bem aceite mas , mostra apenas aquilo que é agradável ao grande público. Foi abandonada pela mãe quando nasceu, mãe essa que vai cruzar o seu caminho. </div><div align="right"><br /></div><div align="right"><br /></div><div align="right">Se quiserem mais sugestões, digam!</div><div align="right"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtu41vwKJYjcPDAQKuBMNjlPojKzA8q6zfEGMsEnbsI-UiNXrTZkAe3CJc_nLu7S6OVHzN-_USrzhUJwMm1i7TR-OxEQd0eXBz3meXT4ptFMyt5YfoD7LbfV7OiLJ4A_ULj2O9GqQdHeyUsRTmrXrLHD5OKUjWQsr-fpvbprfAiozmhBC5v50ec8T3Xw/s959/Screenshot_2023-02-24-02-31-45-790-edit_com.android.chrome.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Novelas turcas" border="0" data-original-height="580" data-original-width="959" height="388" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtu41vwKJYjcPDAQKuBMNjlPojKzA8q6zfEGMsEnbsI-UiNXrTZkAe3CJc_nLu7S6OVHzN-_USrzhUJwMm1i7TR-OxEQd0eXBz3meXT4ptFMyt5YfoD7LbfV7OiLJ4A_ULj2O9GqQdHeyUsRTmrXrLHD5OKUjWQsr-fpvbprfAiozmhBC5v50ec8T3Xw/w640-h388/Screenshot_2023-02-24-02-31-45-790-edit_com.android.chrome.jpg" width="640" /></a></div><br />. </div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-68676412697036248692022-12-15T00:10:00.001+00:002022-12-15T00:10:15.635+00:00"Who Am I?"<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Li esta pergunta perturbadora a primeira vez que me desloquei ao Centro Neurológico Senior aqui em Torres Vedras, uma unidade de saúde focada em doentes neurológicos .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Lá voltei alguns anos depois, desta vez com a minha mãe para receber um diagnóstico de demência e Alzheimer precoce, já que desde os 40 anos que foi mudando o comportamento, tendo episódios em que se repetia, esquecia que já tinha dito algo e a corrigimos como se fosse um lapso inofensivo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Embora me tenha sentido sempre pouco amada pela minha mãe , a verdade é que chegamos a uma altura da vida que temos que aceitar que os nossos pais foram o melhor que sabiam e podiam para nós, independentemente que tenham sido diferentes para outros. Há que fazer um reset , perdoar, aceitar, tolerar que não vale a pena manter mágoas e dores antigas porque nada pode mudar o passado. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Foi talvez das coisas mais difíceis, quando soube que estava a iniciar um processo de demência, perceber que o pedido de desculpas nunca chegaria, que nunca viria a recuperar o Amor daquela mãe, que foi sempre a minha maior ânsia e desejo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E foi difícil porque no dia em que nos deslocamos ao Centro Neurológico aconteceu pela primeira vez ela olhar para mim ,nos meus olhos e dizer-me a sorrir que não sabia quem eu era. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E custa saber que tudo se desenrola a uma velocidade luz, que as capacidades se perdem a cada dia. Que o que foi não voltará a ser. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E acima de tudo saber que esta dor de a ver deixar de saber quem é só terminará quando fechar os olhos para sempre. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mais uma vez. O que fazer? Aceitar. Está a ser feito tudo para que não lhe falte nada. E eu tenho a certeza que isto acontece em famílias que infelizmente não conseguem proporcionar as melhores condições, o que não é o caso. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mas o "sumo", o essencial, não muda. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É a degradação do ser humano. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Uma transmutação de ser autônomo e cognitivamente capaz para um ser dependente que não sabe que o é, confuso com tudo o que vê, violento, desorientado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Porque sem memória somos livros com páginas arrancadas. Não temos história, perdemos a única coisa que reunimos durante a vida. As nossas recordações. Porque , ao fim ao cabo a vida é uma miscelânea de recordações. Sem isso ... nem a dignidade do básico sabemos. E quando acontece numa idade em que normalmente nem nos podemos reformar , sabemos que o universo cometeu um erro. E ninguém quer ser um erro do universo.</span> </div><div align="right"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF2HN02KwQaU1yD0gLEA9O1uS4sZVZCLtiY56bHHoz-KtNtFxUsMz6gvT0S6XJwMeeNUQNrc5rxy5lVMAAgp-EzKg1ZfkEXO8VzHb9cwmQuLGAKLxkeHmdiQiL3HMvzC3T_vI-T4M1YnaDNBqFI5FHlVZnb-ddJHtcsPQXtkpe8FPJE6sUmhs15CLVyg/s1090/Screenshot_2022-12-14-12-53-53-650-edit_com.prequel.app.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Mãe" border="0" data-original-height="1090" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhF2HN02KwQaU1yD0gLEA9O1uS4sZVZCLtiY56bHHoz-KtNtFxUsMz6gvT0S6XJwMeeNUQNrc5rxy5lVMAAgp-EzKg1ZfkEXO8VzHb9cwmQuLGAKLxkeHmdiQiL3HMvzC3T_vI-T4M1YnaDNBqFI5FHlVZnb-ddJHtcsPQXtkpe8FPJE6sUmhs15CLVyg/w634-h640/Screenshot_2022-12-14-12-53-53-650-edit_com.prequel.app.jpg" title="Alzheimer, demência" width="634" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div align="right"><br /></div><div align="right"> </div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-55890492529379227852022-12-14T23:46:00.003+00:002022-12-14T23:46:28.466+00:00Perder<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E um dia percebes que desde o dia do teu nascimento, mais que a ganhar, tens a perder. E não é ver o copo meio vazio, não é que a vida não nos permita criar memórias que nos sejam tatuadas na alma. É que o Amor, esse sentimento que parece vulgar é tão único e raro que quanto mais o tempo passa mais são as chances de começar a perder pessoas para o infinito e não há nada mais assustador que a finitude dos que amamos, já que amar é tão raro e incomum nos dias de hoje. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Vejo pessoas que se toleram, pessoas que se aturam, e é tão especial ver um relacionamento, seja ele da espécie que for que não seja desequilibrado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É como se sempre, em todos os casos de afecto, carinho, amor, existisse quem ama mais. Quem venera e o venerado. O interesseiro e aquele que dá sem pedir nada em troca.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Talvez por saber que o Mundo é assim, tão oco e superficial, tenho me afastado aos poucos das pessoas. Para haver um núcleo duro, familiar, que eu priorize, já que venho de uma família em que primeiro se valorizavam os estranhos negligenciando os de casa .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> A vida tira, tira, tira. E o mais incrível, é que muitas vezes tira para nos mostrar caminhos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já pensaram que se não tivessem passado por todos os caminhos difíceis que passaram dificilmente teriam tido experiências e ligações afetuosas que tanto vos enriqueceram? Ok. Teriam outras, mas, aquelas que tanto valorizam hoje, provavelmente não. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A vida é sobre o quanto se perde e o tanto que temos que agradecer de ter tido quem perder. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Porque o sofrimento é o castigo que temos a pagar por Amar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Então, e por mais que custe, o sofrimento da perda, o luto, este vazio que fica, é porque um dia já houve quem o preenchesse. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Vai em paz querida São. Esperam-te os teus pais, o meu, e um dia destes, reencontramo-nos. </span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnZkg7vfGS6diBaHFYduTluN7gHOt_8LrpLGrcgjLi18OGckuFNO4NUwtQvRh0HrJfTxYTd8V9VBPzWrxWukjhWeUaGWBN8ihLewuz8eR34WOW-Kr9-Mvx9f8JDmjYQL_fqwiUPfBx7k6FKw5xoAipCx1MRjY6ymqwyjNe3uU6-DEUUZTHqlp4idadEQ/s1092/Screenshot_2022-12-14-12-54-23-040-edit_com.prequel.app.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Perder" border="0" data-original-height="1092" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnZkg7vfGS6diBaHFYduTluN7gHOt_8LrpLGrcgjLi18OGckuFNO4NUwtQvRh0HrJfTxYTd8V9VBPzWrxWukjhWeUaGWBN8ihLewuz8eR34WOW-Kr9-Mvx9f8JDmjYQL_fqwiUPfBx7k6FKw5xoAipCx1MRjY6ymqwyjNe3uU6-DEUUZTHqlp4idadEQ/w632-h640/Screenshot_2022-12-14-12-54-23-040-edit_com.prequel.app.jpg" title="Grief" width="632" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-41352428652446320622022-12-04T16:10:00.002+00:002022-12-04T16:10:42.149+00:00O início da Catarse<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Era uma menina, igual a tantas outras, mas, por dentro sempre se sentiu diferente. Habituada a olhar para o espelho e a não se identificar com o que via, como se aquele não fosse o rosto que recordasse ter, como se cada vez que visse o seu reflexo desse um salto achando que era outra pessoa que a espiava. Enquanto pequena, a família dizia que era linda, e, para dizer a verdade, era uma criança normal, de olhos tristes e meigos. A verdadeira tristeza veio depois, quando já tomava o colo do pai por garantido e este deixou de existir. Quando começava a ver na mãe uma amiga e esta decidiu recomeçar a sua vida sem mim. Ficando a viver numa intermitência entre os avós maternos e paternos, que verdade seja dita, haviam sido escolhidos pelo Universo " a dedo". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os "avós de Verão", os maternos, aturavam-me durante três meses seguidos, num lugar em que se juntavam pobres e mais pobres ainda, se alugavam terrenos para tendas de campismo, a avó cedia a arca para todos os " rendeiros"( como lhes chamava) e aqui e ali, avó e neta se divertiam com a presença constante daqueles que passavam o ano a sonhar com aquelas férias num pedacinho de terra que lhes arrendava a " ti Mari da Luz", a minha querida avó, que tanto me avisou que um dia , quando ela cá já não estivesse, eu a ia lembrar muitas vezes. Avó profeta , aquela. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Divertiamo-nos com uns que falavam mal dos outros , entrava um, saiam outros e a lengalenga era igual, só mudavam os nomes. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A avó fazia limpezas em casa das " meninas de Lisboa", umas senhoras na sua maioria solteironas, quase todas elas licenciadas, filhas de doutores , meninas essas que tinham idade para serem minhas avós e que recordo com tipo muito masculino, a fumar noite e dia. A minha mãe era afilhada de uma dessas doutoras , e levou o nome Margarida em homenagem à madrinha ( sorte a dela, há 64 anos os nomes comuns não eram tão generosos como o que lhe calhou).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Todos os anos , lá ia a mãe ao chamado da madrinha, buscar roupas que as doutoras já não queriam, afinal tinham uma vida desafogada, ou pelo menos mais privilegiada que a nossa, e mais valia partilhar que deitar fora. A <i>caridadezinha</i> fica sempre bem. Nunca souberam elas que éramos bem mais magras e jovens, já agora, e que nada nos caía bem. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Para além disso, os meus pais sempre trabalharam muito, o que não significava que tinham muito dinheiro, eram funcionários públicos portanto naquela altura, significava apenas que trabalhavam muito. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E foi aos meus 12/13 anos que, vendo a minha prima com mais um ano que eu trabalhar no verão, comecei também a trabalhar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E que descoberta fantástica aquela de fazer algo que me divertia e me trazia o peso de responsabilidade e me possibilitava guardar dinheiro para as roupas de inverno e material escolar. Queria roupas de marca? Comprava com o dinheiro do meu trabalho. Mas tanto serviam as de marca quanto as da feira que tinha sempre coisas girissimas a cem ou duzentos escudos. Feira de Peniche anos 90. Não havia melhor .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Recordo o meu pai já muito doente ir visitar-me ao final do dia, com o sol já baixo, já que o Lúpus lhe dava uma condição de quase vampiro e o seu olhar entre o orgulhoso e o triste. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A vida era melhor antes? Era. Talvez por isso o meu pai tenha feito um esforço hercúleo para sobreviver a cada crise e poder viver mais e mais um bocadinho. O meu pai chorava compulsivamente enquanto dizia que não queria morrer. Mesmo que a pele lhe rasgasse. Mesmo que o cérebro , a depressão lhe causasse psicoses que o tornavam violento e agressivo. O meu pai, soube aos 29 anos que teria uma morte lenta e dolorosa. Que aos poucos deixaria de andar, que o cabelo lhe cairia, que os órgãos entrariam em falência, que a pele iria rasgar, escamar, necrosar. Aos 30 anos caminhava de bengala. Depois deixou de andar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O meu pai nunca auspiciou grande futuro para mim. Ou talvez fosse a sua frustração a falar mais alto. Anos mais tarde o meu avô, pai do meu pai, sanou todas as feridas, sendo o pai dos pais, sendo o grande presente do universo para mim. Mostrando vezes sem conta e a cada conquista o orgulho que tinha em mim, na minha inteligência, na forma como as minhas palavras tocavam os demais e o faziam chorar de orgulho e amor, dizendo que tinha a certeza que um dia eu seria alguém. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Para o meu avô, um homem essencialmente honesto e cumpridor, a minha vida era eu quem escolhia. A única coisa que importava era a minha felicidade. Casada ou divorciada, rica ou pobre, a trabalhar num escritório ou a varrer ruas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Para ele, enquanto os meus filhos fossem pequenos era importante que ficassem comigo. Não era ordem , era opinião. Acabei por cuidar dos meus filhos e dele a quem a Alzheimer pregou uma partida, bem cedo. Nem que ele tivesse 100 anos, seria sempre cedo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Voltando atrás, aos 15 anos, precisamente dois dias após completar 15 anos soube da morte do meu pai, via telefone. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eram oito da noite e tinha acabado de falecer. Eu estava sozinha em casa e embora achasse que já estava mais que habituada à ideia que ele não viveria muito mais, nunca ninguém está preparado para ouvir " acabou tudo. O teu pai morreu". Menos ainda aos 15 anos. No dia seguinte, eu e a mãe dirigimo-nos à agência funerária ( nunca tinha ido a uma) e foi-me pedido no interior de uma sala em que os caixões estavam dispostos em beliches que escolhesse um " caixão bonito" para o meu pai. O esforço do agente funerário pouco mais velho que eu e que anos depois se tornaria meu compadre, casando com uma das minhas melhores amigas parecia totalmente descabido. " Caixão bonito? Escolha você ". Fomos com ele a Lisboa buscar " o corpo". Durante a viagem era ensurdecedor o barulho do caixão que balançava na estrada antiga Torres Vedras - Lisboa. Confesso que não consegui retornar com o caixão com o meu pai lá dentro. Não sei quantificar a dor que tinha após ver na morgue o corpo do meu pai disposto dentro do caixão, e ter apertado cada pé, cada não, na esperança que gritasse, como fazia cada vez que algo lhe tocava em tais locais em vida. Mas o rosto dele não mudava. A voz dele não se pronunciou. Era o meu pai morto num caixão com os meus tios avós, os meus avós maternos e a minha mãe à volta a chorarem compulsivamente. E era eu que só tinha 15 anos acabados de fazer. E aquele era o meu pai. O colo , a brincadeira, as histórias .Os meus filhos não teriam avô paterno, eu não teria quem me levasse ao altar. Acabara o dia do pai. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Luís Augusto Lemos Ferreira. Nascido a 1 de Fevereiro de 1956, falecido a 1 de Junho de 1992.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Meu pai. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Parece que foi noutra vida. Tenho mais anos sem pai que com pai. 30 anos sem pai. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não sou a única ,bem sei. O Mundo esta cheio de histórias de vida onde reina a doença e morte .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Há muita coisa sobre a minha vida que eu preciso escrever. Ainda não tive coragem. Por respeito à minha mãe que aos 64 e apesar de não ter sido muito presente se encontra demente, com aylzheimer. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E é aí, que percebo que apesar de me dar pouco, de ter optado por recomeçar uma vida longe de mim, fez por ela, acho otimo. Se eu faria o mesmo? Não. Mas não, talvez porque não faria a um filho o que me fez morrer de tristeza.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E então, é aqui que entendo que todas as falhas, que todas as ausências, que todas as injustiças que sofri fizeram de mim quem sou hoje. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hoje, em conversa com o pai do Santiago, perguntava -me se seríamos nós que estávamos mal no Mundo. Não fazemos mal a ninguém. Não negamos ajuda a ninguém e ultimamente estamos a atravessar uma fase que honestamente? Não mereciamos. Lutar com doenças é uma luta injusta. Não sabemos o que nos espera , mas a amizade que nos une amortecerá toda e qualquer dor. Estamos juntos na educação dos meninos e no bem estar um do outro. Mesmo que separados. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Se eu pudesse escolher, entre ter nascido e não, terei de ser muito franca. Sinto que toda a minha vida cuidei de alguém. O meu cansaço é tal que se não misturar a minha paixão pela cosmética e pela comunicação, o amor pelos meus filhos, não estou cá a fazer muito POR MIM. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É que chega a um ponto que não são médicos, psicólogos e psiquiatras que por melhores que sejam te conseguem fazer sentir melhor. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tomas Rivotril para fugir à dor, à ansiedade, ao pânico. Mas não estarás a fugir ao frente a frente com as tuas emoções e fracasso?</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os meus filhos. Foi isso que vim fazer a este mundo. Cuidar da minha avó de 93 anos . Do meu Luís Augusto ( marido). Aprender a compaixão com a minha mãe. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sabem que é inacreditável. Sempre pensei que nada que acontecesse à minha mãe me pudesse fazer sofrer.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Como estava enganada. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E é simples. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A minha mãe não era a mãe de folhetim que faz tudo pela filha mais velha, que sofre, sacrifica , luta por ela. Não. Era a mãe do " desenrasca-te". Lembro-me aos 13 anos ter uma crise de asma que tive que andar agarrada as paredes até ao hospital ao que olhou para mim em casa e disse " estás mal? Vai ao hospital, não tenho nada com isso". Cruel, não? O meu filho de 19 vai-me debaixo do braço para o médico. Mas por mais que tenha custado, sofrido, ensinou-me que eu não seria assim. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já não nutro nada de negativo por ela. Foi a mãe que pode ser. Foi a mãe que tive. Apesar disso, sinto tantas saudades da mãe que me aparecia em casa com chocolates para os meus filhos. De dançar com eles e fazer parvoices para os netos rirem. Da mãe que eu maquilhava para ir para as festas. Que eu pintava o cabelo. Que acompanhava ao Baleal para que tratasse o pai acamado. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Agora tenho uma mãe que não me conhece, que me é ríspida, que já não existe, que não passa de um envolucro de uma bala extinguida há muito. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tenho sim, um padrasto incrível, que foi provavelmente o melhor que aconteceu na vida dela, por quem sempre foi completamente apaixonada, a quem eu admiro e sou grata .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A vida é uma merda amigos. Não vale a pena romantizar. Gostava muito de não achar isto. De passar para os meus filhos uma ideia diferente, e acreditem que os educo fazendo crer que podem ser quem quiserem. E acredito nisso. São muito mais inteligentes que eu era. Têm muito mais amor. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E se eu venci em alguma coisa na vida foi a dar todo o amor materno possível e imaginável. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não os estraguei. Tornei-os seguros das suas capacidades, defendo-os de tudo e todos que os queiram magoar e vai ser assim até ao último dia da minha vida. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Vida essa dedicada aos homens da minha vida. Ao meu Gastão, aos meus Luises, Santiago e Henrique. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Se não te identificas com nada disto, não faz mal. Temos todos vidas diferentes</span>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ8d4U-vTUsonJmYo6dKTebMd9X0UYnpYNyOmNt8VQvchbBWfkv8AuMEIO_4x47_43M6kF_80pHsok7QO00toCbVht2jubNHzFEb2OEEair1rlh0Qqxhq6izaoJVnR8mykIuDG6W2xLE92wMMoDUNU9oHEzH8qUYIWIFbNZ7LJFTK0qpRDBKBy43Ielw/s4640/IMG_20221203_193748.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Desabafo" border="0" data-original-height="4640" data-original-width="3488" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJ8d4U-vTUsonJmYo6dKTebMd9X0UYnpYNyOmNt8VQvchbBWfkv8AuMEIO_4x47_43M6kF_80pHsok7QO00toCbVht2jubNHzFEb2OEEair1rlh0Qqxhq6izaoJVnR8mykIuDG6W2xLE92wMMoDUNU9oHEzH8qUYIWIFbNZ7LJFTK0qpRDBKBy43Ielw/w482-h640/IMG_20221203_193748.jpg" title="Catarse" width="482" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-11127443760148620252022-11-28T08:16:00.002+00:002022-11-28T08:16:16.620+00:00BALENCIAGA, o crime<div align="right"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">SÃO 5 DA MANHÃ E AINDA NÃO DORMI</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tropecei, sem querer, numa notícia de 25 de Novembro sobre a última polémica da marca espanhola BALENCIAGA. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Dizer que fiquei chocada é pouco. . </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nos últimos anos , a BALENCIAGA tem sido notícia pelas suas malas caríssimas idênticas a sacos de lixo pretos. Pelos seus ténis destruídos que fizeram sucesso entre as celebridades. E por mim tudo bem. Chamem arte aquilo que bem lhes apetecer. Ou não. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E quanto a isto existe controvérsia, porque há sempre quem entenda que a arte não pode ter limites . Na minha opinião, desta vez a BALENCIAGA foi longe demais.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Usou crianças para a promoção de suas novas malas em peluche que vêem com adereços sado-masoquistas. Na mesma campanha estava uma trela, em cima da cama, e decerto não era para o cão, já que não existia nenhum.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Vê -se também, a adornar uma mala da marca, por baixo, documentos de acusação num processo de abuso de menores, e um livro de um senhor que dizem ser artista, cujas obras tendencialmente contém crianças, sem roupa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Perante a indignação e as opiniões à volta do Mundo, em especial por parte de celebridades, a marca retirou tudo do site e veio pedir desculpas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Desculpas não aceites. Falamos de adultos. É preciso que exista quem mostre indignação para que uma marca com um posicionamento forte no mercado (e uma marca não é uma pessoa, pode esta campanha ter passado por dezenas de pessoas antes de vir a público, e ninguém, absolutamente NINGUÉM viu nada errado?) haja assim. Romantizar a pedófili@? Usar, objetificar crianças vulneráveis para serem a cara de uma campanha que usa práticas sado-masoquistas para vender os seus produtos? Por mim podiam usar até vibradores na campanha mas nunca, em hipótese alguma , crianças. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E os pais daquelas crianças? Sabiam decerto o teor das fotos . É o derradeiro "vale tudo". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tento entender o ponto a que chegamos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A insensibilidade. Mais que um pedido de desculpas a marca deveria ser obrigada a pagar uma quantia substancial para uma associação que proteja crianças vulneráveis. A dar parte dos seus lucros mensais a quem precisa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É impensável que uma ideia destas tenha sequer passado do papel, de um esboço num computador, de uma reunião, para obter a aprovação de todos aqueles que tinha que ter para que saísse a público. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Se quando saíram as malas-lixo e os tênis rotos envelhecidos achei que a marca tinha perdido a noção do ridículo , começo a achar que vai para lá do ridículo. Não temos que ser moralistas mas as crianças , a violência, o abuso, não podem nem devem ser usados como teasers ou fetiches aceitáveis. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJuNaabTMHC47ALbOzNsK7zMoQ4dKOsDblBZ8nFsDSnRJKz3W8bdRLOHMLAFMpD3UsYVIaIV9r1m-7EgdKKOlwcdGpy8fDyGKlmVFuTO1_fOQZXH2G489y8675o8CaVk2fokub5F_wNnpxdLWFtjDGU5AFeEnG6rOK4vGAtPkaArdMh2H3vOlgx22vlA/s1080/Screenshot_2022-11-28-08-08-19-636-edit_com.miui.videoplayer.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="BALENCIAGA" border="0" data-original-height="1018" data-original-width="1080" height="604" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJuNaabTMHC47ALbOzNsK7zMoQ4dKOsDblBZ8nFsDSnRJKz3W8bdRLOHMLAFMpD3UsYVIaIV9r1m-7EgdKKOlwcdGpy8fDyGKlmVFuTO1_fOQZXH2G489y8675o8CaVk2fokub5F_wNnpxdLWFtjDGU5AFeEnG6rOK4vGAtPkaArdMh2H3vOlgx22vlA/w640-h604/Screenshot_2022-11-28-08-08-19-636-edit_com.miui.videoplayer.jpg" title="Polémica Balenciaga" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></div></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-63631217262219174152022-11-27T14:55:00.000+00:002022-11-27T14:55:31.557+00:00Brain Atack! Chegou 1899<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Adorei a série <i>Dark</i> , na <i>Netflix</i>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Completamente original, fora da caixa, <i>cerebral</i>, conheço quem a tenha assistido com papel e caneta ao lado, de tantos os pormenores que desatam os nós da trama. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Agora, chegou <i>1899</i>, uma série que se podia chamar "Torre de Babel Flutuante", sendo que se passa num navio que leva emigrantes europeus dos mais diversos países para Nova Iorque.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> A base do enredo tem alguma verdade, uma vez que houve de facto um <i>boom</i> na emigração para os Estados Unidos nessa época e também é facto que nem todos os navios chegaram ao seu destino, tendo sido um mistério desde sempre. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os criadores de <i>Dark</i>, decidiram então " explicar" por meio de universos paralelos , muito mistério, suspense, mortos a <i>rodo,</i> o que poderá ter acontecido . </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Obviamente que numa versão bastante alternativa e de nos por os neurónios à porta do médico de família para pedir baixa, sendo que quando achamos que percebemos algo essa descoberta não é mais que um novo mistério. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Interessante? Sim. Tão bom quanto <i>Dark</i>? Nem por sombras. No entanto, conta com actores conhecidos , sendo que um deles é português e parabéns, não é sempre que colocam um português a fazer de português.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> A ele, ao jovem José Pimentão, faço -lhe uma vénia, porque sabe ser irónico e muito " tuga" com as <i>bocas</i> que vai mandando ( e que mais ninguém percebe já que por ali se fala polaco, alemão, espanhol, inglês, mandarim, etc) e muito convincente nas cenas dramáticas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Valeu por isso. Agora, aguardam-se mais temporadas. Logo agora que estava a começar a gostar...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilqE_AfXBDpWTmmXPq03pf_Z_SFiPqkCU8eB1UF7JxS8VPcfjLtPOyB6ScIb6nlAlJjB1QMInNJo_LgthrZqY6KD8ZKAOjBulqz5W2JMqbEW57WVAeClH9NtrfZ3kNdib15AxNTC842qU9H_I-k0vmtIg-o1-wFfYodJ5ziIDLMbcy-XgZZSBWLJoXTg/s1080/Screenshot_2022-11-27-14-35-07-46_40deb401b9ffe8e1df2f1cc5ba480b12.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="1899" border="0" data-original-height="828" data-original-width="1080" height="307" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilqE_AfXBDpWTmmXPq03pf_Z_SFiPqkCU8eB1UF7JxS8VPcfjLtPOyB6ScIb6nlAlJjB1QMInNJo_LgthrZqY6KD8ZKAOjBulqz5W2JMqbEW57WVAeClH9NtrfZ3kNdib15AxNTC842qU9H_I-k0vmtIg-o1-wFfYodJ5ziIDLMbcy-XgZZSBWLJoXTg/w400-h307/Screenshot_2022-11-27-14-35-07-46_40deb401b9ffe8e1df2f1cc5ba480b12.jpg" title="Série na Netflix" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-45227417375647456782022-11-08T21:36:00.005+00:002022-11-08T21:36:44.591+00:00Bipolar das Costas Largas<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Às vezes fico incomodada com a facilidade que tudo o que é mau é atribuído em termos de gozo aos bipolares. É má mãe? É bipolar. É invejosa? É bipolar. É cusca? É bipolar. É puta? É bipolar. É assassina? É bipolar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não! Bipolaridade não é uma psicopatia. É um transtorno. Uma perturbação. Se pode dar a impressão que somos loucos quando não somos medicados? Bem, se estivermos bêbados, tal como todo o comum mortal pode ser confundido mas bipolaridade é alguém que tem dois estados de humor. BI+POLAR. Um polo eufórico,consumista , compulsivo ou em caso de ser uma bipolaridade tipo II nem se dá por esta fase, denominada de mania, a fase em que o cérebro funciona muito mais depressa, somos mega criativos, conseguimos fazer mil coisas e quase não dormimos. E o outro polo, aquele em que nos sentimos tão mas tão tristes que queremos apenas MORRER. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O doente bipolar é o doente com maior probabilidade de cometer suicídio quando não medicado, porque o pólo negativo( por assim dizer) é insuportável.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Por isso, não digam disparates sem saber do que falam porque a avaliar pelo estado mental global serão diagnosticados cada vez mais bipolares e comentários destes são completamente ignorantes.</span> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPIpCAjf_GnZNDvZd-iPAMl7fGMgVCyQiDNBKteu8j063FOJ3VvNrHa47evWLjCZ4hXMUbfSNWYYMYVoH7DEtcIfcVNfMTKGvScZ9XwgYr72nqCYm_JLDBGtXnCMF5GgyVfgle6IWhSIOgOy8RSCZDaTQjLs54dSfgCyuaBUiHKVGtPGjN5olx6a9oRA/s1044/IMG_20221023_005924_040.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1044" data-original-width="1044" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPIpCAjf_GnZNDvZd-iPAMl7fGMgVCyQiDNBKteu8j063FOJ3VvNrHa47evWLjCZ4hXMUbfSNWYYMYVoH7DEtcIfcVNfMTKGvScZ9XwgYr72nqCYm_JLDBGtXnCMF5GgyVfgle6IWhSIOgOy8RSCZDaTQjLs54dSfgCyuaBUiHKVGtPGjN5olx6a9oRA/s320/IMG_20221023_005924_040.jpg" width="320" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-41818855366955362702022-11-08T00:37:00.002+00:002022-11-08T00:37:30.440+00:00Como Aprendi a Lidar com o Pior<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já assumi publicamente que fui diagnosticada em 2018 com Transtorno Afetivo Bipolar tipo II. Ao contrário que possam pensar foi um alívio.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Só conhecendo o problema podemos equacionar uma solução e depressões recorrentes desde os meus 23 anos é sinónimo de muitos médicos especialistas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E nunca me senti tão melhor como seria esperado, com a terapêutica.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em 2017 falece o meu avô, e com ele foi toda a alegria. Em 2018 começam em vários momentos do meu dia, sempre que tinha uma contrariedade, uma vontade incrível de desaparecer para sempre. De querer desligar-me para não sentir mais sofrimento.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Essa vontade compulsiva, esses pensamentos obsessivos quando ao mínimo problema só vemos como solução a morte, são chamados de Ideiação suicida. E a ideiação suicida não mais é que um SINTOMA , um alerta e quando percebi isso, aprendi que não é uma vontade minha. Tento sempre " ver de fora" e assim tornou-se inacreditavelmente mais fácil de contornar a situação. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Desde o início com o estabilizador de humor, que sei que terei de tomar toda a vida, notei uma diferença tão grande que parecia que do dia para a noite tinha passado de criança para adulta. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Confesso que às vezes ainda me sinto triste, ansiosa, mesmo sem motivos novos, mas olhando para trás lamento muito não ter tido o diagnóstico mais cedo. Eu sofria horrores comigo. Não prejudicava os outros, fechava-me em mim, mas sofria de forma tão feroz e dolorosa que não conseguia ver razões para continuar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O nosso cérebro tem a sua química, e nós somos seres marcados pelo nosso passado, e o nosso ADN são aspetos que quando em sintonia facilitam de forma orgânica perturbações do foro mental. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E se antes, éramos todos saudáveis e havia um ou outro " louco", agora, parece-me que os lúcidos são os que procuram ajuda e os</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> " loucos" os que se negam sofrer de qualquer patologia.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A verdade é que se tivermos em conta os últimos anos, é muito difícil encontrar alguém que não seja ansioso, ou que não sofra de insónia, stress. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E depois, existe um infinito número de doenças como o hipotiroidismo , a carência de algumas vitaminas que podem resultar numa depressão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não é vergonha tratar do " erro de Descartes"</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">( que achava que uma coisa era o corpo e outro a mente, o corpo inclui a mente, são intrínsecos e um depende do outro). Há que começar a admitir , nem que seja para connosco, que precisamos de ajuda.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E saber que vai correr tudo bem. Porque no fim, tudo acaba . E não vale a pena adiantar o processo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqgMKOIZ827kql84t_gWvcm6yimGBxpSvxJ-IAofxza0K7EEMs0SIMwGzZchBnK0TegE3vDY5Vcup8dvdMwSap_bt_ZDqknqMDRbWaz-_JYj61PoyTncH_sKIcYLp-ECyjvV9VI6Wkxar3fLIIJTw58_W_dHp4Djep7pA818rzjYazsEte6iuDdKkJoQ/s3701/20220726_134832.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Suicidio" border="0" data-original-height="2774" data-original-width="3701" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqgMKOIZ827kql84t_gWvcm6yimGBxpSvxJ-IAofxza0K7EEMs0SIMwGzZchBnK0TegE3vDY5Vcup8dvdMwSap_bt_ZDqknqMDRbWaz-_JYj61PoyTncH_sKIcYLp-ECyjvV9VI6Wkxar3fLIIJTw58_W_dHp4Djep7pA818rzjYazsEte6iuDdKkJoQ/w640-h480/20220726_134832.jpg" title="Bipolaridade" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-61997987103982860232022-10-24T02:31:00.001+01:002022-10-24T02:31:11.604+01:00Nostalgia<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hei-de morrer agarrada às minhas dores de infância, às minhas perdas, porque, sofrer é o preço que se paga por amar. E no fim, ainda que para a morte, acabamos sempre por perder alguém.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Infelizmente aprendi cedo demais , não a lidar com a perda, acho que nunca tal aprenderei. Sou daquelas pessoas que prefere nem saber que alguém lá longe morreu porque honestamente, tenho tamanho trauma com a morte, que sofro por todas elas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em 2020, por exemplo, faleceram várias amigas da minha mãe, todas na casa dos 50, 60 anos , referências da minha infância, uma vez que durante os meus primeiros anos de vida, e devido ao facto de os meus pais terem sido pais muito jovens ( 19 e 21) ser a única criança " arrastada" ( e muito feliz por isso) para os encontros semanais nas ensolaradas esplanadas no centro de Torres Vedras. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eram então pessoas <i>minhas</i>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os amigos e amigas dos meus pais. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E eu sentia aquela atenção, o afeto, o mimo, e era uma excitação imensa andar naqueles <i>cavalos</i> ou <i>aviões</i> ou <i>motas</i> em que se metia uma moeda e largava de impulso para a frente e para trás, numa <i>chinfrineira</i> infernal, geralmente em formato de música do Avô Cantigas ou da Suzy Paula. E um a um, iam-me dando moedas, para que andasse uma e outra vez, ou para que fosse buscar um ovinho na máquina que parecia ter sempre presentes maravilhosos mas calhava sempre algo completamente ao lado. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Como já devem ter percebido sou nostálgica e já me conformei com isso. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É uma característica, não é sinónimo de negativismo, é saudade pura. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tive momentos muito felizes até aos meus seis anos. Incrivelmente felizes.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Bendita seja a minha memória que permitiu que a cada tempestade pudesse olhar para trás e perceber que o sol também existe. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ainda me sinto aquela menina de quatro anos que detestava ir para o jardim de infância. Fiquei até aos 3 anos com a minha mãe em casa, fui criada pelos meus pais, avós e a minha tia , irmã do meu pai e talvez por me ter sentido tão amada até ao início da doença do meu pai, tenha sentido tanto o choque da realidade. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Da menina que ia para Lisboa de comboio com o pai, a quem a tia, professora primária levava aos passeios da escola, antes mesmo de andar na primária, que andava no <i>ballet</i> e se sentia uma princesa, que tinha um quarto recheado de brinquedos que aqui e ali me ofereciam, comprados na feira mensal ( que isto há 40 anos era o mais perto do luxo que existia para quem morava numa pequena vila( na altura) da província).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Por vezes acho que fui buscar aos meus pais a criatividade, a capacidade de sonhar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Que apenas em muito novos tinham. O meu pai construiu-me uma casinha em madeira, enquanto que a minha mãe comprou mobílias em miniatura para que mobilasse aquela que foi a mais linda casa de bonecas que já existiu</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">( afinal foi feita pelo pai, decorada pela mãe).</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Estava tão longe de imaginar as cambalhotas e perdas pelas quais passaria. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Foi como se me roubassem o chão. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Deixar de sentir a proteção por uma fatalidade que obrigou toda a gente a viver de forma diferente foi e ainda é uma perda irreparável na minha vida, e ainda não aprendi a viver com isso, apesar de décadas de terapia. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Quando o meu primeiro filho nasceu, há 19 anos, o meu avô, um senhor sábio, austero, sofreu uma " <i>metamorfose</i>" de carácter. De repente , e voluntariamente a razão da sua vida chamava-se Henrique, tendo-lhe dedicado a existência até ao dia em que deixou de respirar, há quase cinco anos. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Os cinco anos mais desoladores da minha vida. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Penso que temos sempre os nossos pilares. Alicerces. Aprender a viver com a ausência da figura mais próxima da vida não era novidade para mim, mas, talvez por ser agora mais madura, houvesse mais alma para escurecer. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Depois do meu amado avô morrer, tive mil arrependimentos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Que não devíamos ter internado o avô num lar aqueles últimos meses.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Mesmo sabendo que lá ele teria cuidados médicos e de enfermagem que em casa nos era impossível dar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mesmo sabendo que vivia com a avó também muito velhinha, a minha jovem de 93 anos, rija que nem um pero, e que quando caía, de madrugada, lá vinha eu de casa, lá longe, não sei bem se a dormir, se acordada para levantar o avô que estava confuso, caído no chão e não se conseguia levantar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Mesmo sabendo que tantas vezes quando ia buscar o mais velho à primária e o mais novo à creche, passava no lar para o trazer também, enquanto andava em centro de dia e ele me aguardava com inquietação e abria os braços e brindava com um abraço grato. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Às vezes, quase sempre , quando me lembro que não estava lá a dar-lhe a mão, a última vez que respirou, sinto uma culpa, uma tristeza de um tamanho que não consigo qualificar, como se fosse um peso que me afunda que carregarei para a vida, porque tenho a certeza que lhe teria sido mais fácil. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ele tinha a mesma dependência de mim que eu tinha dele. Só que ele sabia ser dependente do meu amor, eu tive a enorme noção disso naquele dia em que tive a certeza que não voltaria a ver o seu olhar e sorriso. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Vivemos para dar aos nossos filhos o melhor , para os ajudar a ter uma vida honesta, honrada, feliz, fazemos sacrifícios pelos filhos , esquecendo tantas vezes que lá atrás, alguém fez o mesmo por nós. E quando esse alguém volta a ser dependente, não temos tempo. Não temos vida para isso. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Dediquei os últimos anos da minha vida aos meus filhos e aos meus avós. Não me arrependo por um segundo. Apesar de ser trabalhadora independente e de já ter visto melhores dias , não é possível a acumulação do estatuto de cuidador informal. Ou seja, tomo conta da minha avó, mas não tenho direito a uma compensação que teria se não fizesse descontos, independentemente de auferir ou não alguma coisa todos os meses . Portugal, o país que castiga quem faz descontos para a segurança social. Mais valia cessar atividade, cruzar as pernas , pedir RSI , estatuto de cuidador informal e o PSI, já que problemas de saúde crónicos não faltam. Mas não. O meu avô tinha orgulho de mim. Sempre me disse que tinha a certeza que <i>ainda ia ser alguém</i>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E sou. Uma mulher que cuida dos seus. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">No nosso país toda a gente se esquece que um dia seremos nós os esquecidos num lar. Se bem que o meu avô, o pouco tempo que o frequentou teve visitas praticamente diárias, mesmo sendo o lar em outra localidade. Decidimos confiar nos cuidados do lar onde o pai do Luís Santiago trabalha há mais de 30 anos, até porque o meu avô e ele tinham uma ligação de pai e filho e era a forma do avô se sentir sempre perto de alguém " dele". </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A saudade é isto. É aquele aperto no peito que te faz fugir de uma série para o <i>blogger</i> para " desembuchar" o que asfixia. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Meu querido avô. Nem a morte nos separa. Nem a morte apaga o amor que nos une. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sou uma privilegiada por ter-te, ainda que não te possa ver, na minha vida. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hoje e sempre tua,</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ana. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibYHfaiAKxxfAcqMeohfh2OjuncI1tyofrGv3U6iCqojCdkd-ki7f7Jd3X33xchvqnhb9uG2YPHTigS_ZrlzijMfYMoOrR60GQ9MOJhZI9BJ3K8oI4K3yE6pSRHXdc6IaDZGgO6uIsfEQxjana38PgU0veEyGA4_crNduXk0bnZIdpBbCxQDP3qS7INA/s4608/IMG20221006152050.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Meu querido avô" border="0" data-original-height="4608" data-original-width="3456" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibYHfaiAKxxfAcqMeohfh2OjuncI1tyofrGv3U6iCqojCdkd-ki7f7Jd3X33xchvqnhb9uG2YPHTigS_ZrlzijMfYMoOrR60GQ9MOJhZI9BJ3K8oI4K3yE6pSRHXdc6IaDZGgO6uIsfEQxjana38PgU0veEyGA4_crNduXk0bnZIdpBbCxQDP3qS7INA/w480-h640/IMG20221006152050.jpg" title="Nostalgia" width="480" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-44789396409375264882022-10-23T23:47:00.000+01:002022-10-23T23:47:11.100+01:00Cristiano Ronaldo<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tornei-me numa daquelas pessoas que, quando tem um tempinho livre percorre o <i>YouTube</i> para ver vídeos sobre crimes, cães, gatos, concursos de talento e, sem saber bem como caí na gigantesca teia dos vídeos de futebol, e por consequência, na sua esmagadora maioria, que bem ou mal, falam de Cristiano Ronaldo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Para mim, que, apesar de não ser uma adepta de futebol ferrenha, sempre estive rodeada de amantes de futebol, acabei por seguir o </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">" menino de ouro" da nossa nação. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E se nos primeiros anos era aclamado por todos os portugueses, uma altura houve em que era chamado de egocêntrico, narcisista, recebendo críticas e comentários a cada desgraça que acontecia no Mundo que " o Cristiano Ronaldo é que devia ajudar, tem tanto dinheiro".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O enorme mal do ser humano é querer ver os outros bem mas não suportar ver ninguém melhor que ele. E Cristiano não estava apenas melhor que a maior parte dos portugueses.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> O madeirense conquistou o <b>Mundo</b>, ocupando os media de todo o globo, que ora o elogiavam pelos seus gestos meigos para com os fãs, ora o crucificavam pela forma como algumas vezes se desleixou e se <i>descolou</i> do deus que todos querem que seja e fez algo que homens na sua posição <i>não devem fazer</i>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Cristiano Ronaldo já deu provas que não é um ser humano comum.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Dedicou a vida a entreter pessoas de todo o mundo, sendo inspiração para crianças que tantas vezes não têm modelo a seguir. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Cristiano mostrou que é possível vir do nada e tornar-se um deus no meio dos homens, independentemente de jogar ou não futebol.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> É quem acumula mais seguidores nas redes sociais e eu diria, sem grande dúvida, mais inveja e ódio. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Cristiano está com 36 anos? 37? Começa a ser chamado de " velho" , Manchester United está praticamente a oferecê-lo a quem quiser ficar com ele, como se de um momento para o outro o ser humano passasse de deus a algo avariado, que já não serve.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Desde o reconhecimento público de Cristiano Ronaldo que jogadores dos quais se dizia serem o " próximo CR7" foram uma espécie de <i>one hit band</i>, aqueles grupos musicais que lançam um <i>hit</i> que se torna tendência durante uns tempos e nunca mais ninguém ouve falar, porque vivem o resto da vida à sombra dessa fama, dos royalties e desaparecem. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Sou capaz de me lembrar de uns cinco ou seis jogadores que foram uma espécie de <i>OHB</i>.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Mas alguém os crítica? Alguém se incomoda com o facto de não terem singrado? </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">É aí que está o problema.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;"> Cristiano Ronaldo não é apenas o melhor do Mundo, Cristiano tem algo muito raro no futebol português, melhor, Mundial.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;"> Cristiano tem carisma, é meme, é sinal de respeito, de vitória, superação, de família, de homem- máquina, de alguém suprahumano, sobrenatural, divino </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Eu não sei onde está a admiração àquele olhar que quase mata quando as coisas lhe correm mal, que interaja com o público quando o vaiam, que se ache um conquistador maior que os navegadores, já que o CR7 , queiram ou não, gostem ou não, colocou Portugal no mapa. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Do que transparece, para além de uma pessoa extremamente focada na sua performance, forma física ( vejo mulheres magras não me dá a mínima vontade de fazer exercício, vejo o corpo do Ronaldo e sinto-me culpada por não procurar estar melhor, ter uma condição física mais saudável, maior mobilidade, viram os saltos daquele homem???), parece ser ótimo filho, pai, marido, irmão, amigo. O que é que queremos mesmo mais dele?</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Do fundo do coração, desejo que continue a sua carreira e reencontre uma equipa que o estime, para que possa continuar feliz no futebol. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">O dinheiro que ele tem não nos diz respeito. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Se tem muitos ou poucos filhos , se tem uma frota de carros de luxo, nada disso é importante para nós que somos apenas plateia para a vida dele. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Porque se está no palco, é porque trabalhou para isso. Merece. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;">Que nos alegremos com as conquistas daqueles a quem admiramos. Que não permitam que alguém bestial passe a besta. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="text-align: left;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_bQwPIO8AGHwbRW0KNNP7heoAtm1dS4lV0afnFszY_KyYHl129K97oDelfCwuYyBAdj49-36kNu3HpacS8u_-bRlrY8tvgcKxpe7eRFDz3CWvRd6liQHSLSFxiKT9emrWHWPCIL6Nl0WlSS6gJaKRLoRAoHCsoGs8oNTQHrhIBrB4hoQMpX4D8lgZ0w/s998/Screenshot_2022-10-23-23-45-24-43_1c337646f29875672b5a61192b9010f9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Cristiano Ronaldo" border="0" data-original-height="998" data-original-width="938" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_bQwPIO8AGHwbRW0KNNP7heoAtm1dS4lV0afnFszY_KyYHl129K97oDelfCwuYyBAdj49-36kNu3HpacS8u_-bRlrY8tvgcKxpe7eRFDz3CWvRd6liQHSLSFxiKT9emrWHWPCIL6Nl0WlSS6gJaKRLoRAoHCsoGs8oNTQHrhIBrB4hoQMpX4D8lgZ0w/w602-h640/Screenshot_2022-10-23-23-45-24-43_1c337646f29875672b5a61192b9010f9.jpg" title="Força Cristiano" width="602" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-15542253334357829612022-10-07T21:43:00.003+01:002022-10-07T21:43:28.926+01:00Brigitte Bardot<div style="text-align: justify;">Foi certamente das primeiras mulheres que achei ter uma beleza sobrenatural, eu, que só tinha por bela a minha mãe, loura de olhos miosótis.</div><div style="text-align: justify;">Brigitte Bardot arrebatou o mundo do cinema com a sua beleza e atrevimento, apesar disso, cedo se retirou protagonizando um apoio aos animais que na altura era raro.</div><div style="text-align: justify;">Cabelos muito louros, ar indiferente de lolita, quase inexpressivo mas sedutor, como se de uma Deusa se tratasse, e aquela beleza irrepreensível, inatingível na qual milhões de mulheres se inspiram desde sempre. </div><div style="text-align: justify;">Os olhos muito maquilhados e o batom cor de boca que lhe confere o olhar penetrante e traz para os seus lábios alguma inocência.</div><div style="text-align: justify;">Sempre quis recrear um<i> look </i> de B.B.</div><div style="text-align: justify;">Mas nunca me atrevi a fazê-lo. Um dia destes, sem nada que fizesse adivinhar, enquanto edito fotografias apercebo-me que há ali uma semelhança com alguém. </div><div style="text-align: justify;">Partilho convosco. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn4U6iKcOG7a3ZLFeUzds9OUD5XCD9wyk2tQn8ZOq-GQfg1SivBcm9F8tGlNFizcfPkRk8qmZMiBrIdne5WgIxClIMDRk6S7pmQd2oMpU_8SE89bM7IciR70uWc6_65_GtHE6aQKdkPtIC19eDWOKOnwq7Gy_oLPXu_hFkDTTVL9yVBhseceqAvGkfqA/s1995/IMG_20221005_150833_363.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Brigitte Bardot" border="0" data-original-height="1995" data-original-width="1995" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgn4U6iKcOG7a3ZLFeUzds9OUD5XCD9wyk2tQn8ZOq-GQfg1SivBcm9F8tGlNFizcfPkRk8qmZMiBrIdne5WgIxClIMDRk6S7pmQd2oMpU_8SE89bM7IciR70uWc6_65_GtHE6aQKdkPtIC19eDWOKOnwq7Gy_oLPXu_hFkDTTVL9yVBhseceqAvGkfqA/w640-h640/IMG_20221005_150833_363.jpg" title="Brigitte Bardot look alike" width="640" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVHudb5p_BqUBOwj029lCc5UrOC3LI5G8ga7D4mcWRfILIxDmdYon_yVhU9SKEzKader-t3k-Mop666GKqUfC04KepZwVhhZowO1RPvalC8dROBGSV1cUPTTceshd2ekzL2eOAETqVATphnYOLh0zaDhXHgiIJ6wTQ3EsEl-vTU8BBupJiqbp1_LCBPw/s4096/1664910172159_mr1664910385054.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Brigitte Bardot" border="0" data-original-height="4096" data-original-width="2644" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVHudb5p_BqUBOwj029lCc5UrOC3LI5G8ga7D4mcWRfILIxDmdYon_yVhU9SKEzKader-t3k-Mop666GKqUfC04KepZwVhhZowO1RPvalC8dROBGSV1cUPTTceshd2ekzL2eOAETqVATphnYOLh0zaDhXHgiIJ6wTQ3EsEl-vTU8BBupJiqbp1_LCBPw/w414-h640/1664910172159_mr1664910385054.jpg" title="Look de Brigitte Bardot" width="414" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-17259174225509046232022-09-12T14:57:00.001+01:002022-09-12T14:57:13.181+01:00Bitter September<div style="text-align: justify;">Um<span style="font-family: arial;"> pouco à semelhança de Setembros passados, este mês ( que pessoalmente não é um mês pelo qual nutra grande simpatia) traz dias menores, subida de preços em bens e serviços ( que tem sido uma constante desde o início da pandemia, ao contrário de quem aponta a guerra na Ucrânia como bode expiatório), uma compensação em forma de cheque do governo para enganar tolos e a partida da Rainha de Inglaterra.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E o Mundo chora esta rainha que faz notícia desde que me lembro de ser gente, passando agora as atenções para o seu filho Carlos e para a Rainha Consorte Camilla Parker Bowles.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É de Diana de Gales se revirar no túmulo, mas, são maiores e vacinados e acredito que tudo não é mais que fruto da eterna hipocrisia da coroa britânica, e da sua preocupação com o parecer mais do que do ser. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em Belém, Costa anuncia medidas que supostamente deveriam ajudar os portugueses, especialmente os pensionistas, que em Outubro levam mais meia pensão de ordenado, devendo esse montante ser suficiente para atenuar os aumentos de preço.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O mais interessante são os aumentos para os pensionistas, com uma percentagem de pouco mais de 4% , sem qualquer tipo de diferenciação ganhe o pensionista 300 ou 2500 euros. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Independentemente dos descontos feitos, um pensionista de 300€ precisará muito mais de um aumento proporcional à sua pobreza que um que vive com 2500€ mês. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É uma política <i>pro</i> classe média, quando pensamos que quem vive com 300 euros /mês dificilmente consegue fazer frente às suas despesas e tem que escolher quais os medicamentos de que mais precisa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Como já referi várias vezes, fui criada por avós maternos na altura das férias que passava na sua casa no Baleal, onde passei os melhores tempos da minha vida e em casa dos meus avós paternos que me acolheram em criança após o falecimento do meu pai.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Enquanto os meus avós paternos sempre trabalharam para o estado, o meu avô como chefe de secção de alguns ministérios por onde foi passando e a minha avó como telefonista, os meus avós maternos , analfabetos foram ensinados pelos dias de frio e humidade e pelo sol enquanto trabalhavam no campo, no mar, a dar serventia a pedreiro, a servir em casa das senhoras doutoras. A minha avó sempre foi doente, diabética, cega de um dos olhos, mas era das pessoas mais alegres que conheci. O meu avô acabou a vida acamado por mais de oito anos após nem sei quantos AVC, era alcoólatra, mas daqueles inofensivos que só dizem e fazem disparates.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Muito trabalho. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Quando dizem que cada um tem o que merece e que quem faz o bem colhe o bem, lembro- me sempre destes avós, que passaram fome, lembro -me de ser pequena e da minha mãe lhes ir levar azeite, ovos, leite , carne e deixar dinheiro porque não tinham o que comer. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Eram pessoas queridas por toda a gente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Nunca foram compensados pelo trabalho escravo que faziam, pelas lágrimas derramadas, pelas pessoas que ajudaram, pelo amor que deram. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A casa dos meus avós estava sempre aberta para quem precisava, lá se arranjava um prato de sopa, uma cama para quem não tinha onde ficar poder descansar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">São os que menos podem ,os que mais ajudam. Porquê? Porque sabem o que custa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Como cantavam os Green Day, " wake me up when September ends</span>".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX2P45FbTdAGMrjSMUxC_zmfYQy9oN8Ps_Jm2YL9LClttyHF9urWE5TQ-lONn0vkIDO5qvjz9A1WyPZ-4AKXXMaVS2tkoa67H_93d7SwCljjUuC5RVSmCUShl_U2D4JvZR93FwGlXaKfHw66-gGBUxfqEWRfyS-oPee6gAOTtEHb8-r6OyqFWcVNPF1Q/s4624/IMG20220821123005.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Baleal" border="0" data-original-height="4624" data-original-width="3468" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX2P45FbTdAGMrjSMUxC_zmfYQy9oN8Ps_Jm2YL9LClttyHF9urWE5TQ-lONn0vkIDO5qvjz9A1WyPZ-4AKXXMaVS2tkoa67H_93d7SwCljjUuC5RVSmCUShl_U2D4JvZR93FwGlXaKfHw66-gGBUxfqEWRfyS-oPee6gAOTtEHb8-r6OyqFWcVNPF1Q/w480-h640/IMG20220821123005.jpg" title="Praia do Baleal" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFo-bkWcsDLVcF7dNV_2fy5PRASpmSIXd6xpEdKW1Jz7Gf2t00PMlC9RD_F4oJP0OWKPNCKicAqPpKAizxVLwNO-uh4ajobvKRWt8bkZkzI8cZr7gM94a-FKXjz1Qgc_FGGg5ItqqmtpD5JIthYS8D4vd6QOKNufk2k-ep--MN5AvJyu2q2GiWEHNHJg/s2628/IMG_20220822_203746_817.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Baleal" border="0" data-original-height="2628" data-original-width="2628" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhFo-bkWcsDLVcF7dNV_2fy5PRASpmSIXd6xpEdKW1Jz7Gf2t00PMlC9RD_F4oJP0OWKPNCKicAqPpKAizxVLwNO-uh4ajobvKRWt8bkZkzI8cZr7gM94a-FKXjz1Qgc_FGGg5ItqqmtpD5JIthYS8D4vd6QOKNufk2k-ep--MN5AvJyu2q2GiWEHNHJg/w640-h640/IMG_20220822_203746_817.jpg" title="Praia de Baleal" width="640" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-62536085276516004322022-08-10T20:31:00.003+01:002022-08-10T20:36:53.689+01:00Bla, Bla Bla <div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não sei se é da idade, ou da época pela qual passamos pós-pandemia, que nos entorpeceu, afetou e ainda afeta.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Acho que saímos todos disto com a sensação de que somos sobreviventes, heróis e que nada nos derruba.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">De facto, 2020 foi um ano que mudou o Mundo. A era moderna desconhecia o confinamento na sua forma empírica. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Era o tipo de coisa que acontecia lá longe, no tempo e na distância.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A sensação que tenho é que todos nós fomos afectados. " Vai ficar tudo bem"- diziam.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A pandemia " terminou" no dia em que a Ucrânia foi invadida pela Rússia. Mais um drama. Desalojados, mortos, feridos, refugiados e um Mundo inteiro de braços abertos para receber ( e bem) aquele povo já tão massacrado.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Relaciono-me com pessoas ucranianas e tento sempre saber qual a sua perspetiva perante o que se está a passar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Incrivelmente, os ucranianos na sua maioria, os que vieram refugiados e os que já cá viviam não têm a mesma impressão que "nós" temos do seu presidente. Consideram-se meros peões numa guerra gananciosa entre um louco e alguém que implora por atenção e protagonismo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sabemos que em qualquer guerra do Mundo , são os civis os mártires. Não são os que declaram a guerra nem decidem lutar. São os que se limitam a viver as vidas deles sem qualquer pretenção política .</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Depois, vejo o nosso país que me parece um novo Brasil no que a misturas culturais diz respeito, e eu acho fascinante, não fossem os portugueses emigrantes, que tenhamos a capacidade de receber tanta e tão diferente gente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Posso dizer-vos que onde vivo , Torres Vedras, temos de paquistaneses, brasileiros, ingleses, angolanos, romenos, moldavos, russos, ucranianos e chineses e pouco mudou com isso. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Existe efetivamente uma espécie de deslumbre por parte de algumas nacionalidades pela diferença cultural. O facto das mulheres usarem saias curtas, decotes causa alguma estupefacção a alguns homens e por vezes agem de forma desagradável. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Acredito que a emigração não deveria ser apenas uma questão burocrática mas algo combinado com uma aprendizagem dos costumes e modo de vida do sítio para onde nos vamos mudar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já se dizia " Em Roma, sê romano".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Noto uma diferença incrível de quando comecei a trabalhar para a forma como vejo algumas pessoas trabalhar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Fui trabalhar para ganhar dinheiro, obviamente , para ter modo de sustento mas inerente a isso fui trabalhar para me sentir útil e ajudar.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O meu primeiro trabalho durou um mês e meio num call center , onde a chefe me dizia que eu tinha nascido para aquilo mas eu odiava ter que impingir visitas para compras de aspiradores que custavam 400 contos. A parte melhor era quando atendiam idosos e me contavam a vida toda e terminavam sempre com um " foi tão bom falar consigo menina".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Depois fui então para uma clínica dentária com imensos médicos e sub especialidades e adorei ser assistente. Quando não estava a ajudar um médico estava a ajudar outro ou na recepção ou na esterilização, ou a confirmar consultas ou a atender telefones. Todas trabalhávamos assim, aprendemos a ser polivalentes e honestamente? Foi enriquecedor. Estive bastantes anos ali e guardo o grande carinho pela profissão.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A ideia que eu tenho é que agora as pessoas não são tão polivalentes. E que se faltar uma pessoa, há um trabalho que fica por fazer. Enquanto dantes dávamos o litro e trabalhávamos mais rápido para chegar a tudo. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Hoje aconteceu-,me uma situação desagradável ,ao renovar o contrato da internet foi -nos prometido um prémio que seria entregue hoje. Ligando para lá , a funcionária disse que ia tentar passar a ligação ao colega que nós atendeu. Depois de quase uma hora em </span>espera disse que ele não estava, portanto não nos podia ajudar. Então mas, numa Vodafone inteira existe apenas um funcionário capaz de resolver um problema que nem problema é?</div><div align="right"><span style="font-family: arial;">Depois eu sou das " antigas". Detesto que falhem com a palavra. Acho que as empresas perdem muito com as atitudes ou falta delas por parte dos seus funcionários.</span></div><div align="right"><span style="font-family: arial;">Nada ficou resolvido. A única coisa que será resolvida é uma rescisão de contrato. </span></div><div align="right"><span style="font-family: arial;">Já não vinha ao blogue há uns tempos.</span></div><div align="right"><span style="font-family: arial;">Hoje aproveitei para falar de tudo e mais um </span>pouco. </div><div align="right"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0LAnCmxTRtelgHj2UyM4y-I3FVrqM4gsYg-R4Rc19Yo428EQVvdSZS32RS-yVD2Zb5dFEJd4sNWA6Q-vzYrJnUXRjmRN4OYbn_lXHQkq91iU-agEt9dVUrW0Ao3i5hMhjOg4XoNu5W-wzQuteGNcIO4l74WYwx6xQS_jelAi7qauSbQfCA1iZWjg_Cg/s6560/IMG20220808130949.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Atualização" border="0" data-original-height="6560" data-original-width="4928" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0LAnCmxTRtelgHj2UyM4y-I3FVrqM4gsYg-R4Rc19Yo428EQVvdSZS32RS-yVD2Zb5dFEJd4sNWA6Q-vzYrJnUXRjmRN4OYbn_lXHQkq91iU-agEt9dVUrW0Ao3i5hMhjOg4XoNu5W-wzQuteGNcIO4l74WYwx6xQS_jelAi7qauSbQfCA1iZWjg_Cg/w480-h640/IMG20220808130949.jpg" title="Saudades" width="480" /></a></div><br /> </div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-59583328312670281272022-07-27T01:22:00.003+01:002022-07-27T01:22:31.399+01:00Férias<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Não são férias no sentido lato da palavra. São idas à praia. Em que me divirto com o único filho que aceita ainda acompanhar a mãe. Sejamos sinceros, quem aqui aos 19 anos ainda andava com os pais atrás? Eu não. E era uma peste quando comparada com os meus filhos. Às vezes questiono a razão pela qual me calharam filhos tão decentes e comportados. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Certo que antigamente , não havendo a loucura das redes sociais a única hipótese de diversão era viver tudo presencialmente e era TÃO BOM! </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Que seria de mim sem os namorados que tive aos 19 anos? Agora que penso nisso, acho que seria menos " trouxa". Mas foi bom! Chorar por " amor", sentir aquela alegria adolescente da paixão que não se volta a sentir da mesma forma. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Ao mesmo tempo, imagino-me se tivesse calhado uma Ana Marta cá em casa. Eu que sou tão mãe galinha ia enfartar a primeira noite que me aparecesse em casa apenas no dia seguinte...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É que não fazia nada de mal. Vá, uns copos, e dançar sem parar. De vez em quando lá tinha que sair com o namorado , e isso era um bocado aborrecido. Porque aos 19 não era para namorar. Era para ter aquelas paixões ( e eu tive tantas graças a Deus) em que se chora e pensamos que vamos morrer de dor e depois ele aparece -nos à frente e quase vamos desta para melhor. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tive tanta sorte nesse aspeto. Namorados incríveis, sempre me trataram como a rainha que sou ( ahaha). Sempre me mimaram muito. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Às vezes questiono o meu estado mental daquela altura. Que assim que conseguia que o desgraçado se apaixonasse perdia o interesse.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Depois era muito de amores impossíveis. Ele lá longe, eu aqui. Ele de uma família rica e eu rainha da plebe. Ou o australiano que era o Brad Pitt chapado e que eu recordo com um orgulho, quase de ostentação. Caraças. Os homens bonitos ( muito bonitos mesmo) sempre foram a minha desgraça. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E o Julian, alemão, cara de Keanu Reeves, enquanto as amigas não arranjaram maneira não descansaram. É que nós nem queríamos!!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Aos 23 acaba-se a vida louca e aos 25 nasce o meu primeiro filho. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">E a vida continuou. Com alguma loucura, felizmente.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O engraçado é que vim a reencontrar-me com alguns desses amores mais de 20 anos depois. E... a vida é muito estranha. O coração dá um salto, mas por dentro as batidas já são só minhas. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Se o sorriso me desarma, as palavras fazem-me desejar que o tempo passe mais depressa. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É. A grande falha ao escolher alguns dos namorados foi não preocupar-me em ter alguém que me estimulasse intelectualmente. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Estou para aqui a pensar e , ou esse estímulo é mito, ou andei sempre a atirar ao lado...</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Boas férias! Prometo voltar com mais frequência</span>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKxMoetlBd4COFifpm_0REJfGLdNghDyt3PV5khDRyGYCCXAyyQBr249Lpyo8QKmnPnVnfSkjgzRNDa6G0vEzxkeUcOgqr-FB6zNl91wyV-EDVzAINcvBK4WcDr-lGMF27csqkf-DnRM8JPdNRAI274Ei1S0wLQW2aWPz6wNUrIKrh6B83_oKpIwCSMg/s3365/IMG_20220725_193438_550.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Namorados e férias" border="0" data-original-height="3365" data-original-width="3077" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKxMoetlBd4COFifpm_0REJfGLdNghDyt3PV5khDRyGYCCXAyyQBr249Lpyo8QKmnPnVnfSkjgzRNDa6G0vEzxkeUcOgqr-FB6zNl91wyV-EDVzAINcvBK4WcDr-lGMF27csqkf-DnRM8JPdNRAI274Ei1S0wLQW2aWPz6wNUrIKrh6B83_oKpIwCSMg/w586-h640/IMG_20220725_193438_550.jpg" title="Felicidade" width="586" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-49366616742597160992022-07-06T01:33:00.001+01:002022-07-06T01:33:09.143+01:00Mudar de vida<blockquote style="border: none; margin: 0px 0px 0px 40px; padding: 0px; text-align: left;"><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Chega a uma altura que temos que tomar decisões. Alterar as nossas prioridades. Não, não vou acabar com o blogue, ainda que pouco escreva nele. Vou mudar a minha vida, se Deus quiser para muito melhor. E vocês, que sempre estiveram comigo vão acompanhar-me. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"> Decidi passar a pensar em mim. Se quero valer a todos, tenho que me cuidar em primeiro lugar, certo? Demorei 45 anos a aprender, mas cheguei lá. Mais vale tarde que nunca.</span></div></blockquote><p><br /></p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-lyxcItn-0Xy7oFCc7meWxojkLu0zSDV6x4QZckxw_VLB2Z6SaNMr6mTPFF4VtUbzpmDmve-Ycg2IbxCgLqZdsWceV56v3t9xP3Wd4pOfb45hwJEsPW_YiOuDcxvFp-P9oqkaygN59IXWUL1klJC2EU9I5M_wNqC5Igipvh7qga_HLgTQhDdfBJbf9w/s1297/Screenshot_2022-04-29-20-44-10-88_1c337646f29875672b5a61192b9010f9.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Marta Veloso" border="0" data-original-height="1297" data-original-width="1080" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-lyxcItn-0Xy7oFCc7meWxojkLu0zSDV6x4QZckxw_VLB2Z6SaNMr6mTPFF4VtUbzpmDmve-Ycg2IbxCgLqZdsWceV56v3t9xP3Wd4pOfb45hwJEsPW_YiOuDcxvFp-P9oqkaygN59IXWUL1klJC2EU9I5M_wNqC5Igipvh7qga_HLgTQhDdfBJbf9w/w532-h640/Screenshot_2022-04-29-20-44-10-88_1c337646f29875672b5a61192b9010f9.jpg" width="532" /></a></div><br /> <p></p><p> </p><div align="right"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-35871050999951875562022-06-29T20:30:00.003+01:002022-06-29T20:30:19.387+01:00Os Outros<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Até que ponto, a liberdade de expressão que hoje em dia é tão falada permite que qualquer pessoa possa dizer as maiores barbaridades? Bem sei que não somos todos iguais, no entanto se falamos de respeito, e se quem diz barbaridades merece respeito e dizer o que sente, também eu tenho a liberdade e o direito de opinar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sinto-me muito desiludida com o Mundo em geral. Cada vez vejo distinguirem menos o bem do mal. Cada vez existem mais quezílias, menos harmonias.</span> </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsUrHo-P80lFitzHcZSSf-L317VlJ00GpuGkCVjGAesVff-lv7U7-hZLXTjcVhR2HH7SIlD12SYdPmHMtbICDzkejzhSA6DY2KjAK7ABCyLlhgBoua1xJYHJ5Mz2Z4GoL7Rc0ZGBUEyUvO4gg3mo2OjtLHzlPgR1au21q1ZtDV8MTPAaM_Yyy61DcQkg/s3264/20220618_144545_mh1655586109196.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Marta Veloso" border="0" data-original-height="3264" data-original-width="2448" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsUrHo-P80lFitzHcZSSf-L317VlJ00GpuGkCVjGAesVff-lv7U7-hZLXTjcVhR2HH7SIlD12SYdPmHMtbICDzkejzhSA6DY2KjAK7ABCyLlhgBoua1xJYHJ5Mz2Z4GoL7Rc0ZGBUEyUvO4gg3mo2OjtLHzlPgR1au21q1ZtDV8MTPAaM_Yyy61DcQkg/w480-h640/20220618_144545_mh1655586109196.jpg" title="Liberdade de Expressão" width="480" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-16865207678446392762022-05-29T13:02:00.001+01:002022-05-29T13:02:09.444+01:00TIRÓIDE<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Conhecida por ter " costas largas" no Mundo de quem sofre de excesso de peso ou obesidade, a glândula tiróide que se localiza na zona do pescoço, quando em desequilíbrio interfere com o bom funcionamento do nosso organismo, podendo ser a razão de fadiga crónica, enxaquecas, pele seca ,menstruação abundante, dificuldade na concentração e falhas de memória, sensibilidade ao frio, queda de cabelo e /ou da parte externa das sobrancelhas, enfim, um sem número de sintomas como a hipertensão, inchaço nos pés e tornozelos, uma dificuldade tremenda em emagrecer.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Vou contar-vos a minha história. Após um dia inteiro com uma enxaqueca incomum que cheguei a pensar que morria, fui às urgências e depois de me fazerem todo o tipo de medicação intra venosa e me sentir completamente num Mundo paralelo, drogadíssima, me rir feita parva que a dor mantinha-se , acompanhada de um quase estado de delírio resultado da medicação, o médico decide que eu deveria ser observada por um otorrino, que felizmente estava de serviço e é o melhor otorrino de todos os tempos, conhecendo-o desde muito pequena.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">O senhor olha para mim, afasta-se um pouco, depois faz palpação no meu pescoço e diz calmamente " Tens uma tiróidite". Vais descer às ecografias que quero confirmar. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Confesso que fiquei espantada. Com um olhar colocou logo a hipótese de ter um problema na tiróide e com a palpação fez um diagnóstico ? </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Já no andar de baixo, na sala das ecografias, uma médica, depois de me encher o pescoço daquele gel que todos adoramos ( blergh) , colocou o aparelho da eco , olhou para o ecrã e disse " pois, pois. Estás com uma tiróidite autoimune. Tens a tiróide toda destruída".</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Decidi então marcar com uma endocrinologista para saber o que fazer, como lidar com isso, atribuindo logo o meu excesso de peso à malvada da tiróide. O facto é que o hipotiroidismo dificulta realmente a perda de peso, e pode ser responsável por alguns KGS a mais, uma vez que mexe com o metabolismo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A endocrinologista na altura disse-me que apesar de estar com a tiróide destruída ainda estava funcional, pelo que era cedo para implementar qualquer tipo de medicação para compensar o esforço da tiróide. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Em Novembro, quando estive com o meu filho internado em Santa Maria, e apesar de correr para cima e para baixo, de não parar um minuto, de me alimentar pouco e mal, notei que o meu peso tinha aumentado " do nada". Como entretanto comecei a ser seguida em nutrição e reumatologia em Santa Maria foram-me marcados um sem número de exames que fiz em Janeiro, mas aos quais só tive acesso em Abril. E lá estava. A TSH bem mais alta do que seria suposto. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Seguida pela médica de família comecei a tomar o Euthirox 0,25 que passados quase três meses pouco alterou os meus níveis da TSH. Decidi marcar na Endocrinologista para ser bem seguida. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Sou muito curiosa no que respeita a questões relacionadas com a saúde então , tenho lido imensos estudos, nos quais é explicado que não é apenas a medicação que entra na nossa vida. É o exercício físico, que confesso que com as dores crónicas e o cansaço é uma luta diária, e, a base de tudo, a alimentação. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Para além disto, e sabendo que os suplementos são uma mais valia em doenças da Tiróide decidi começar a tomar o Thyroid Balance da Tummytox<a href="https://www.tummytox.pt/tummytox-thyroid-balance?gclid=CjwKCAjws8yUBhA1EiwAi_tpEW2ZcXL8j3vb3koL9qCBGmn9RDo-rtH0jlB1ZLUC7r1bmBHu3va4ZhoC8NQQAvD_BwE" rel="nofollow" target="_blank">Thyroid Balance da Tummytox</a>. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É um suplemento alimentar isento de hormonas , com ingredientes naturais que promete ajudar no stress, equilibrar as hormonas da tiróide, aumentar a perda de peso, os níveis de concentração e energia e fortalecer o cabelo e a pele.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">É especialmente formulado para quem sofre de hipotiroidismo, uma vez que combate o metabolismo lento. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Com: Magnésio, zinco, manganês , selénio, guggul, manjericão sagrado, schisandra, L-Tirosina e iodo ( na quantidade recomendada diariamente) estas cápsulas que podes fazer de manhã e à noite vão efetivamente ajudar-te, especialmente na reposição de ingredientes que a tua tiróide tanto necessita.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">A tomar estas cápsulas há cerca de uma semana, e sabendo que uma coisa não substitui a outra, até porque provavelmente a dose do Euthyrox que tomo não está ajustada, digo-vos que o que sinto , para já é um aumento de energia e penso que posso " culpar " o Thyroid Balance por tal. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Prometo ir dando notícias, sobre o processo.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Podes comprar este e outros produtos da Tummytox, no seu site e usar o meu código de desconto<b> MARTAV</b>. Se comprares, diz-me para que possamos ir falando dos resultados!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtw0Ax5axT0dnqUh44-VXOJdSSEl_GVpM4A8g2qriKj4ONybZG5AFViQoBVZmfjl7dNueHzbqIjfObwVXCOqYbEboBgS6wwgZxH8-kJVsJMxHdOCCSXELAQJGmsi89V99iggltmJG3NbcEkgvzKQm6YAN0RyuBQakAQNdg3Z3RT6thwX3OYBkbj8Jg6A/s4624/20220526_192422.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Thyroid Balance" border="0" data-original-height="4624" data-original-width="3468" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtw0Ax5axT0dnqUh44-VXOJdSSEl_GVpM4A8g2qriKj4ONybZG5AFViQoBVZmfjl7dNueHzbqIjfObwVXCOqYbEboBgS6wwgZxH8-kJVsJMxHdOCCSXELAQJGmsi89V99iggltmJG3NbcEkgvzKQm6YAN0RyuBQakAQNdg3Z3RT6thwX3OYBkbj8Jg6A/w480-h640/20220526_192422.jpg" title="Suplemento para a tiróide" width="480" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-79852543112906084202022-04-08T20:46:00.003+01:002022-04-08T20:46:35.059+01:00Cabelo Perfeito<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Foi através da aplicação SHEER ME, que instalei no telemóvel que conheci o Cabeleireiro que mudou a vida dos meus cabelos, o Alex.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Tenho a dizer-vos que tanto o Alex como o Pedro, são formadores L'Oréal, portanto trabalham com a marca, estão em constante formação e como que trouxeram a " tecnologia de ponta" que eu desconhecia existir a nível capilar . É possivel descolorar sem estragar, é possivel quase tudo ,hoje em dia. Todos os elogios que faça ao Alex são poucos. Sabem os cabelos maravilhosos que vemos no Pinterest? Ali é igual. Milagres acontecem. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Quero falar-vos também na Sheer Me, que é uma aplicação com uma rede de serviços em constante crescimento uma especie de Zomato da Beleza e Bem estar. Ao instalares a aplicação é-te oferecido um primeiro saldo assim que colocares o código de desconto MARTA5 em carteira. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Na app vais encontrar os serviços disponiveis na tua zona e poder fazer na propria aplicação a marcação, pagamento, aproveitar promoções e muito mais. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif5K5zRqeFgKeW2EvuZN9vOucPjgKIppnEb-7MOcxUbu3FlRhS5MLTjmSaY5zMg44NLsdnX2Za5jKXHLVzbwzjNtQuF4QSO1e3JlSdbY6CyEtMZIiQ8t9AcdyGIpGVO3it3jVJnigSGpmJj89-wMNoakMBSsxDfy0yx6PLc8xDAbkt7f8sH1Rb5BR_7Q/s3264/20220407_182200.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Cabelo perfeito" border="0" data-original-height="3264" data-original-width="2448" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEif5K5zRqeFgKeW2EvuZN9vOucPjgKIppnEb-7MOcxUbu3FlRhS5MLTjmSaY5zMg44NLsdnX2Za5jKXHLVzbwzjNtQuF4QSO1e3JlSdbY6CyEtMZIiQ8t9AcdyGIpGVO3it3jVJnigSGpmJj89-wMNoakMBSsxDfy0yx6PLc8xDAbkt7f8sH1Rb5BR_7Q/w480-h640/20220407_182200.jpg" title="Balayages" width="480" /></a></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd2yDj5SS40gxsgrG782Sz1mWw6ErrNRtEob5PI4E8tvCVdoY00VzpcT-JK925FOguvZU6yZM8FE8lj5WlMjMB-zz41kB5IS_vG9o4ndM2dcAogCFvS5rsG6TZ5JTn2DmXzqKwDf-CyN_OIXbTSx6Wk4IeIcflwgeI8gIN9ZSAk3pNMdjc6-niM0T9pA/s4624/20220407_190437.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Cabelos bonitos" border="0" data-original-height="4624" data-original-width="3468" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjd2yDj5SS40gxsgrG782Sz1mWw6ErrNRtEob5PI4E8tvCVdoY00VzpcT-JK925FOguvZU6yZM8FE8lj5WlMjMB-zz41kB5IS_vG9o4ndM2dcAogCFvS5rsG6TZ5JTn2DmXzqKwDf-CyN_OIXbTSx6Wk4IeIcflwgeI8gIN9ZSAk3pNMdjc6-niM0T9pA/w480-h640/20220407_190437.jpg" title="Moda Balayages" width="480" /></a></div><br /><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-34517118669607431802022-04-08T20:35:00.002+01:002022-04-08T20:35:15.598+01:00VIOLÊNCIA<div style="text-align: justify;">De há uns anos para cá, a violência deixou de ser sinônimo "apenas"de agressão física e passou a abranger violência psicológica ou verbal . E faz todo o sentido. </div><div style="text-align: justify;">Entende-se por violência verbal, todo o tipo de coação, insulto, insinuação, comparação que vise minimizar o outro abalando os seus pilares de autoconfiança.</div><div style="text-align: justify;">De há uns anos para cá, e sob a contenda que a liberdade de expressão permite e apadrinha qualquer tipo de piada ou comentário, que pode dar mote para que um humorista use as fragilidades alheias para fazer o que sabe de antemão que será bem recebido pelo público , público este que no seu dia a dia fazem o mesmo. Insultam, ridicularizam e não são passíveis de qualquer penalização, enquanto que o lesado, consoante a a fase que estava a passar seja obrigado a lutar ou pelo menos enfrentar todos os seus fantasmas internos e é mais uma situação para juntar aquelas pelas quais já tem acumuladas.</div><div style="text-align: justify;">Will Smith está a ser " julgado" em praça pública por, na noite dos Óscares e perante uma piada fácil e talvez para muita gente inofensiva ter agredido Chris Rock após uma ",piada" sobre a esposa de Smith em relação à alopécia areata ,uma doença autoimune que provoca a queda total ou parcial dos cabelos. No caso de Jada Pinket Smith, e tendo em conta uma entrevista que deu há uns meses, está longe de aceitar este fado .</div><div style="text-align: justify;">O humor deveria ter limites sim quando é usado para apenas apontar defeitos, mostrar o racismo e promover o <i>bodyshaming</i>.</div><div style="text-align: justify;">Se formos olhar para o passado do nosso país há 40 anos já Herman José fazia piadas bem fortes sem o intuito de pesar..</div><div style="text-align: justify;">Não é culpa dos , humoristas. É culpa de quem assiste, aplaude e permite. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_6__sN8V7HJE1-OjRWALjnVYDszEui5gn07tfXvPendw8u87XvYcMYemrRFOm6wLbt7d4EHG_Oo57iZwh-rm9r_lo5LYDutecjk3kZ9wR3GfTo5_UBwCpyTPtGLBoTD2SsicEW5KDoIXbADOJMPxaUlKEr9vsyP07kd1QCOqCHfeVRK2ojwuGVTIEew/s4000/IMG20211230093216.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Rua Magalhães Lemos" border="0" data-original-height="4000" data-original-width="3000" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_6__sN8V7HJE1-OjRWALjnVYDszEui5gn07tfXvPendw8u87XvYcMYemrRFOm6wLbt7d4EHG_Oo57iZwh-rm9r_lo5LYDutecjk3kZ9wR3GfTo5_UBwCpyTPtGLBoTD2SsicEW5KDoIXbADOJMPxaUlKEr9vsyP07kd1QCOqCHfeVRK2ojwuGVTIEew/w480-h640/IMG20211230093216.jpg" title="Rua" width="480" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-13466344184255164382022-02-06T19:44:00.002+00:002022-02-06T19:44:45.294+00:00O Meu Mundo Parou<div align="right">Desde Novembro que sinto que o meu Mundo foi suspenso. Entre psicológa, a acompanhar o Santiago nesta nova fase não tem sido nada fácil. Alias eu acho que nunca sofri tanto durante tanto tempo. Mas, a semana passada comecei a voltar à vida. Ontem recomecei as caminhadas, hoje repeti, e preciso muito de paz na minha vida. </div><div align="right">Vou continuar a lutar contra o bullying. </div><div align="right">Prometo<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhrMQWPJYDv0fND3Rhsg7F_t3diN2ZFRo1Vd9EYfFRlQf5HUfUkI9rnvV0CaS_JSEkKyE5QZsFJvJiBvCxLXZCgCQl1L3MNvRvqwcqUr3Ouykm42B3d3kF--nzgqgXBB680ZWO79etaokz3HOlJIRkHZ9iS5Lr3rzsyb1D35QTpOBvLVmaTq2Bv5lcIsQ=s954" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Marta Veloso" border="0" data-original-height="954" data-original-width="597" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhrMQWPJYDv0fND3Rhsg7F_t3diN2ZFRo1Vd9EYfFRlQf5HUfUkI9rnvV0CaS_JSEkKyE5QZsFJvJiBvCxLXZCgCQl1L3MNvRvqwcqUr3Ouykm42B3d3kF--nzgqgXBB680ZWO79etaokz3HOlJIRkHZ9iS5Lr3rzsyb1D35QTpOBvLVmaTq2Bv5lcIsQ=w400-h640" width="400" /></a></div><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1957097716365736538.post-58600665004604018132021-12-07T14:00:00.001+00:002021-12-07T14:00:16.189+00:00Giovanni Tea Trea Triple Treatment Shampoo<div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Alecrim, eucalipto e Hortelã Pimenta são alguns dos componentes deste champô <a href="https://www.lookfantastic.pt/giovanni-tea-tree-triple-treat-shampoo-250ml/11353557.html?utm_source=instagram&utm_medium=influencer&utm_campaign=MartaVeloso">Giovanni Tea Trea Triple Treatment</a> que é perfeito para quem sofre de descamação, couro cabeludo desidratado, prurido e também para quem apenas gosta de sentir o cabelo limpo e fresco. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Descobri-o quase que por acaso na LOOKFANTASTIC e, com outros produtos de cabelo que encomendei, achei por bem mandar vir este. Vou confessar-vos que tenho psoriase capilar, que apenas manifesta nas alturas em que ando mais stressada, o que ultimamente tem sido uma constante e não tenho conseguido controlar o problema com os habituais produtos de farmácia, que para além de mais caros têm uma quantidade enigmáticamente reduzida, pelo menos os que funcionam. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;">Se quiserem adquirir este <a href="https://www.lookfantastic.pt/giovanni-tea-tree-triple-treat-shampoo-250ml/11353557.html?utm_source=instagram&utm_medium=influencer&utm_campaign=MartaVeloso">champô </a> na LOOKFANTASTIC não se esqueçam do vosso código de desconto MARTAVELOSO, e boas compras!</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjcrpknf6lmJG13U8dp5IpPJxzoaDw7vH3ILl27Xr6l5ZWz6QUhAvF-ZDqyb9eSM7A_gGXAKQUfds8BdSqvLww3F3tqGx-fq6ym6irmFZA8vdgEjcoQF6jg6DyWOGxp6IfR-ZSNTjSMQ52/s2048/20211207_133134.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img alt="Champo para psoriase, caspa, descamação" border="0" data-original-height="2048" data-original-width="1536" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjcrpknf6lmJG13U8dp5IpPJxzoaDw7vH3ILl27Xr6l5ZWz6QUhAvF-ZDqyb9eSM7A_gGXAKQUfds8BdSqvLww3F3tqGx-fq6ym6irmFZA8vdgEjcoQF6jg6DyWOGxp6IfR-ZSNTjSMQ52/w480-h640/20211207_133134.jpg" title="Giovanni Tea Trea Triple treatment" width="480" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="blogger-post-footer">Essenciais Por Marta V, todos os direitos reservados, writing copyrights by Ana Marta Veloso</div>@martafvelosohttp://www.blogger.com/profile/17695095845083945044noreply@blogger.com0